tag:blogger.com,1999:blog-79810505907991353512024-03-13T14:08:09.508-03:00Realidade TranscendenteA eterna busca do conhecimentoUnknownnoreply@blogger.comBlogger107125tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-64729459535389007722010-05-14T09:46:00.000-03:002010-05-14T09:46:28.853-03:00A Europa da época de Newton<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh20THfD181jz_qof1S02WEzguGBxd6PSEkHynFivgX543saC-o4ZsD5Vgb4Ov3GWe4RqN9eAkk0habPhUtR9CsrrMdWA-cxJIkXX1-HrIRy3eFb7pAx7vG0LH9YAku0bzUfFYuZy8Bffn4/s1600/newton.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh20THfD181jz_qof1S02WEzguGBxd6PSEkHynFivgX543saC-o4ZsD5Vgb4Ov3GWe4RqN9eAkk0habPhUtR9CsrrMdWA-cxJIkXX1-HrIRy3eFb7pAx7vG0LH9YAku0bzUfFYuZy8Bffn4/s320/newton.jpg" width="320" /></a></div><br />
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<div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br />
</span></span><br />
<div style="text-align: justify;">Isaac Newton (Woolsthorpe, 4 de janeiro de 1643 — Londres, 31 de março de 1727 foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.</div><div style="text-align: justify;">Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes em História da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.</div><div style="text-align: justify;">Na segunda metade do século XVII, a Inglaterra e a Holanda eram países que concentravam maior parte da atividade comercial e manufatureira da Europa.</div><div style="text-align: justify;">Os ingleses viviam um momento de significativo crescimento econômico. A fartura da mão-de-obra barata, o mercado de consumo em ascenção, a intensificação dos contatos com Portugal e suas colônias eram fatores que favoreciam o desenvolvimento da Inglaterra.</div><div style="text-align: justify;">As mudanças eram grandes. A manufatura e o comércio se desenvolviam. A lenha, combustível da época, já não era suficiente. Novos combustíveis eram necessários. Inovações técnicas eram bem vindas.</div><div style="text-align: justify;">A Inglaterra, em expansão, trouxera ruína para a Itália e a Alemanha, os centros europeus culturais mais importantes da época de Galileu e Kepler. As crises pelas quais passavam essas duas regiões ocasionaram a transferência de pessoas envolvidas com a ciência e com a técnica para a zona de prosperidade do momento: a Inglaterra.</div><div style="text-align: justify;">Eles chegaram a ilha levando inovações técnicas e artisiticas do renascimento. Proporcionaram à Inglaterra um momento cultural tão rico quanto aquele vivido por Galileu na Itália renascentista.</div><div style="text-align: justify;">A igreja dominante na Inglaterra era a reformada anglicana, que surgiu com a reforma protestante. A ciência emergente era vista com bons olhos pelo movimento das reformas. Ao explicar a natureza sem usar os recursos da teologia antiga, a nova ciência mostrava que era possível pensar numa ordem diferente daquela defendida pela igreja. </div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-45166328219252381792010-05-05T11:50:00.000-03:002010-05-05T11:50:08.410-03:00A música romântica<div style="text-align: justify;">Os compositores clássicos tinham por objetivo atingir o equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade. Os românticos vieram desiquilibrar tudo. Eles buscavam maior liberdadede de forma, a expressão mais intensa e vigirosa das emoções, frequentemente revelando seus pensamentos mais profundos, inclusive suas dores. Muitos compositores românticos eram ávidos leitores e tinham grande interesse pelas outras artes, relacionando-se estreitamente com escritores e pintores. Não raro uma composição romântica tinha como fonte de inspiração um quadro visto ou um livro lido pelo compositor.</div><div style="text-align: justify;">Dentre muitas ideias que exerceram um certo fascínio sobre os compositores românticos temos: terras exóticas e o passado distante, os sonhos, a noite e o luar, as tristezas do amor, a magia e o sobrenatural.</div><div style="text-align: justify;">Durante o romantismo houve um rico florescimento da canção. A orquestra cresceu não só em tamanho como em abrangência. A seção dos metais ganhou mais importância. Na secão das madeiras adicionou-se o flautin. Os instrumentos de percussão ficaram mais variados.</div><div style="text-align: justify;">No século XIX, o piano recebeu muitas melhorias técnicas e quase todos os compositores românticos escreveram para o piano, entre eles Schubert, Chopin, Schuman e Listz. A preferência era por peças curtas e de forma mais livre.</div><div style="text-align: justify;">Durante grande parte do século XIX, toda a música era dominada pelas influências alemãs. Foi quando compositores de outros países, principalmente os russos, passaram a ter a necessidade de criar a sua música. Inspiravam-se nas músicas folclóricas e lendas de seus países. É o chamado nacionalismo musical, com representantes como Rachmaninov. </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-83612403517128393942010-04-29T11:19:00.000-03:002010-04-29T11:19:11.435-03:00A Russia de Tchaikovsky e a música do século XX<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk_MErE7PD2oQFPtX_jRYpMyLEh2TiFeNm-ZobHP0kYIPQwF4hwP2OngUn-xgZ3EQ6CV_2uTuHDLAG3vQZv_7mBSzHIlp8rUAlomWpLhARyFMHfA9YXMqoZpV703mCUrZTuotdq1qprRK6/s1600/russia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="143" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgk_MErE7PD2oQFPtX_jRYpMyLEh2TiFeNm-ZobHP0kYIPQwF4hwP2OngUn-xgZ3EQ6CV_2uTuHDLAG3vQZv_7mBSzHIlp8rUAlomWpLhARyFMHfA9YXMqoZpV703mCUrZTuotdq1qprRK6/s200/russia.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">A história da música do século XX é contada por tentativas e experiências que levaram a novas tendências técnicas e, em certosa casos, a criação de sons, contribuindo para que este seja um dos periodos mais empolgantes da história da música.</div><div style="text-align: justify;">Enquanto a música nos períodos anteriores podia ser identificada por um único mesmo estilo, comum a todos os compositores da época, no século XX ela se torna uma mistura complexa de muitas tendências. Mas com um traço comum: a reação contra o estilo romântico do século XIX. Um dos principais representantes dessa tendência foi Tchaikovsky, talvez pelo fato de suas obras terem sido mais ocidentalizadas que a dos seus compatriotas consequência do contexto histórico em que escreveu as suas obras, uma sociedade onde até a revolução de 1917, o Império Russo era uma monarquia hereditária liderada por um imperador autocrático (czar) da dinastia Romanov. A religião oficial do Estado era o cristianismo ortodoxo, representado pela Igreja Ortodoxa Russa. Os sujeitos do Império foram separados em estratos (classes) conhecidas como "dvoryanstvo" (nobreza) , clero, comerciantes, cossacos e camponeses. Ainda os nativos da Sibéria e Ásia Central foram oficialmente registrados em uma classe chamada "inorodsty" (estrangeiros).</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7T6WW3KaRAchpx3WODTgoncvp7xp4YnK3dSkP5e_hG16V1x_qlpb5p3HEwAOXnHaAqXM3ZKgxcC8fiikCrlBGBJj9swrd6i9qa4PZFyQPlgqiCA6Q_CuQ6_dWaYj_upQvHoQqFiwwlUDD/s1600/tchaikovsky.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7T6WW3KaRAchpx3WODTgoncvp7xp4YnK3dSkP5e_hG16V1x_qlpb5p3HEwAOXnHaAqXM3ZKgxcC8fiikCrlBGBJj9swrd6i9qa4PZFyQPlgqiCA6Q_CuQ6_dWaYj_upQvHoQqFiwwlUDD/s200/tchaikovsky.jpg" width="150" /></a></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Tchaikovsky nasce e 1840 e em 1848 sua família fixa residência em São Petesburgo, até então capital do império, nesse contexto assistiu a ascenção de governos despótico onde destaca-se o czar Alexandre II ficou conhecido por suas reformas liberais e modernizantes, através das quais procurou renovar a cristalizada sociedade russa.<br />
Podemos destacar também a decisão de em 19 de Fevereiro de 1861, de decretar o fim da servidão na Rússia. Foram libertados, ao todo, 22,5 milhões de camponeses servos - preservando-se, todavia, a propriedade dos latifúndios.</div><div style="text-align: justify;">O assassinato de Alexandre II da Rússia, que tinha introduzido reformas sociais e tinha tentado aproximar a Rússia das nações ocidentais, com parlamentos e constituições, Alexandre III e seu filho Nicolau II levaram o Império Russo num sentido diferente, mais autocrático, como que tentando regressar ao despotismo, desprezando o aparelho burocrático que em sua opinião os separava do povo. </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-66388126158504630892010-04-27T15:29:00.001-03:002010-05-18T14:51:59.977-03:00REPRESSÃO E PROPAGANDA DO ESTADO DURANTE A DITADURA MILITAR NO BRASIL<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizfzXXBtN8vHYqInllKVd6axbINAqkNsP2i5-wyclbuoq9E5F0zFWeoivxTAWPB6l6b7tnTQ69kaOdAtIm2MMCclZTQWIvqyKFlCGQZvw1JoMT3SIdHYnFHnBQAwmv1HLRr7NJYxv6t6rt/s1600/foto_ap02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizfzXXBtN8vHYqInllKVd6axbINAqkNsP2i5-wyclbuoq9E5F0zFWeoivxTAWPB6l6b7tnTQ69kaOdAtIm2MMCclZTQWIvqyKFlCGQZvw1JoMT3SIdHYnFHnBQAwmv1HLRr7NJYxv6t6rt/s320/foto_ap02.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Presidente Médici assiste a um jogo de futebol</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O governo Médici foi marcado pelo silêncio das oposições. A dura repressão desencadeada pelos órgãos de segurança praticamente eliminara toda forma de manifestação organizada de protesto. Demais, pelo novo texto constitucional que inaugurou, o Ato Institucional Número 5 permaneceria em vigor até decisão contrária do Presidente da República. O que garantia um formidável poder discricionário em suas mãos. <br />
<br />
Por outro lado, a propaganda oficial do governo buscou explorar até o paroxismo todos seus aspectos considerados positivos, principalmente os elevados índices de crescimento econômico. Para isso, fora criada, em 1968, a Assessoria Especial de Relações Públicas (AERP), chefiada pelo coronel Octavio Costa. Funcionando com uma grande equipe, que reunia jornalistas, psicólogos e sociólogos e utilizando-se dos jornais, do cinema e, sobretudo, da televisão, que se afirmava como o principal veículo de comunicação social, divulgaram-se várias frases de efeito, que procuravam dar uma idéia do otimismo generalizado quanto à estabilidade e ao futuro de desenvolvimento do país, tais como: "Você constrói o Brasil", "Ninguém segura este país", "Brasil, conte comigo" e "Brasil Ame-o ou Deixe-o". <br />
O otimismo e a propaganda governamental atingiram seu clímax por ocasião da Copa do Mundo disputada no México, em 1970. A conquista do tricampeonato deixou o país em delírio. A marchinha "Prá Frente Brasil", preparada para ser o hino daquela seleção de futebol, oficializou-se, sendo tocada até à exaustão. O dia do retorno dos campeões mundiais foi declarado feriado, enquanto o presidente concedia prêmios a cada jogador e se deixava fotografar ao lado da taça Jules Rimet.</div><div style="text-align: justify;">Fonte: enciclopédia de história do Brasil.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-16557279967110988522010-04-27T15:10:00.001-03:002010-05-18T14:52:33.383-03:00música clássica<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5mmjROnHM1VYkvPKx8Ll3jbHkcTJj2E7ifmRNgEqxwiUW8H24OQMSxbORRoroEFBH193P4lnYKVLZoxqzMX2AW8l8EkQOKB7XoDNmM6MdhV-EKdzF8Zf_cyOF8gg2sI94jR1HA-04YmXV/s1600/mozart.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5mmjROnHM1VYkvPKx8Ll3jbHkcTJj2E7ifmRNgEqxwiUW8H24OQMSxbORRoroEFBH193P4lnYKVLZoxqzMX2AW8l8EkQOKB7XoDNmM6MdhV-EKdzF8Zf_cyOF8gg2sI94jR1HA-04YmXV/s320/mozart.jpg" /></a></div><br />
O termo clássico, em música, é empregado em dois sentido diferentes.</div><div style="text-align: justify;">As pessoas usam a expressão clássica para diferencia-la da música popular. Para os estudiosos, porém, ela sempre teve um sentido especial e preciso: é a múca composta entre 1750 e 1810. </div><div style="text-align: justify;">Durante o período clássico, a música instrumental teve mais importância do que a vocal. Nessa época, desenvolveu-se a sonata, uma obra com vários movimentos para um ou mais instrumentos. Seus compositores procuravam realçar a beleza e a graça das melodias. As obras eram refinadas, elegantes e mais leves, menos complicada que a barroca. Deixaram de usar a predominância do cravo e passaram a escrever para mais instrumentos de sopro. Foi o grande momento do desenvolvimento da harmonia e da orquestra.</div><div style="text-align: justify;">Muitas obras foram escritas para o pianoforte, que mais tarde passou a ser chamado de piano.</div><div style="text-align: justify;">Enquanto as cordas dos cravos são tangidas por bicos de penas, o piano tem suas cordas percutidas por martelos, cuja dinâmica pode ser variada de acordo com a pressão dos dedos dos executantes. Isso daria ao piano grande poder de expressão e abriria uma série de possibilidades novas.</div><div style="text-align: justify;">O principal representante da música clássica foi <a href="http://www.kboing.com.br/script/radioonline/busca_artista.php?artista=mozart&cat=music">Wolfgang Amadeus Mozar</a>t. </div><div style="text-align: justify;"> </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-53856733382205933002010-04-26T11:45:00.001-03:002010-05-18T14:53:18.982-03:00Música barroca<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pGBMponkZSXr8_KBdfScmg1azFOm7x_rsP5mzRnlWwCPaIuX4mRuOZwaSU79Pigl0qrQa7UiH7VduYpuLt6xatXh1hqqwdvq1w2irf5s_Pkgt1OCqzHrXuxylfZYcnLDfac1kDEvqH8a/s1600/bach.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pGBMponkZSXr8_KBdfScmg1azFOm7x_rsP5mzRnlWwCPaIuX4mRuOZwaSU79Pigl0qrQa7UiH7VduYpuLt6xatXh1hqqwdvq1w2irf5s_Pkgt1OCqzHrXuxylfZYcnLDfac1kDEvqH8a/s320/bach.jpg" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;">Barroco, inicialmente designava um estilo arquitetônico e, depois, toda a arte do século XVII, ambos caracterizados pelo excesso de ornamentos. No século XVIII, desenvolveu-se a música pura - exclusivamente instrumental.</div><div style="text-align: justify;">Mais tarde, o termo passou a ser empregado pelos músicos para indicar o período da história da música que vai do aparecimento da ópera e do oratório até a morte de Bach, em 1750.</div><div style="text-align: justify;">A música barroca é geralmente exuberante: rítimos enérgicos, melodias com muitos ornamentos, contrastes de timbres e sonoridades.</div><div style="text-align: justify;">Durante o período barroco, a música instrumental passou a ter importância igual à da música vocal. A orquestra passou a tomar forma.</div><div style="text-align: justify;">No início, a palavra orquestra era usada para designar um conjunto formado ao acaso, com os instrumentos disponíveis no momento. Mas, no século XVII, o aperfeiçoamento dos instrumentos de cordas, principalmente o violino, fez com que a seção de cordas se tornasse uma unidade independente.</div><div style="text-align: justify;">Oprincipal representante da música barroca foi <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Z9g2FNB17RU">Johann Sebastian Bach</a>. </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-43072409519316810022010-04-19T11:49:00.002-03:002010-04-19T11:55:52.946-03:0020 anos do telescópio espacial hubble.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHxMjhvnKuztW59Xg-x5ETBjvvwX4THBNgae5fp4TdTGCrxILeowlrFAsEaiv03FkWl2eb6N4I0Adu8QyaCTgHbMj3jyRuXWsjN5ZLi-VtgBFIodkWfEAhQCaTadxz5DzwNvaURGii46PC/s1600/hubble.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHxMjhvnKuztW59Xg-x5ETBjvvwX4THBNgae5fp4TdTGCrxILeowlrFAsEaiv03FkWl2eb6N4I0Adu8QyaCTgHbMj3jyRuXWsjN5ZLi-VtgBFIodkWfEAhQCaTadxz5DzwNvaURGii46PC/s200/hubble.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Telescópio Hubble</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em 24 de abril de 1990 viajava o ônibus espacial discovery, missão sts-31, o telescópio espacial que revolucionou o campo da astronomia.</div><div style="text-align: justify;">Batizado em homenagem ao homem que constatou que o univarso estava se expandindo, o hubble deu um salto acerca da visão humana sobre o universo equivalente ao dado pela luneta de Galileu Galilei no século XVII.</div><div style="text-align: justify;">Mais que um telescópio, o hubble é um verdadeiro observatório espacial, contendo instrumentação necessária para vários tipods de observação. Além de fotografar os objetos e medir com grnade precisão suas posições, o hubble é capaz de dissecar em detalhes a luz que vem deles.</div><div style="text-align: justify;">O hubble está a 600 km da superfície da terra e gasta 95 minutos para dar uma volta completa em torno do nosso planeta.</div><div style="text-align: justify;">Os objetivos do Hubble podem ser resumidos como sendo: Investigar corpos celestes pelo estudo de suas composições, características físicas e dinâmica; Observar a estrutura de estrelas e galáxias e estudar suas formação e evolução; Estudar a história e evolução do universo. Para atingir seus objetivos a pesquisa do Hubble é dividida em Galáxias e Aglomerados; Meio Interestelar; Quasares e Núcleos Ativos de Galáxias; Astrofísica Estelar; Populações Estelares e Sistema Solar .</div><div style="text-align: justify;">Abaixo algumas fotos tiradas pelo hubble:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgriFYAGKSx_81p5VlUu5eFYMWyLyNzLmuaDNcYMM8amtW0J0RFGB3_65DS3XGn-FoL6reAfIux_OduSgGbjWeOBqRhQfue9WTjC8agEadjTbHw2UMwRYzbodaaHdwG9fRFp30_YlOYdcYJ/s1600/nebulosa-trifida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgriFYAGKSx_81p5VlUu5eFYMWyLyNzLmuaDNcYMM8amtW0J0RFGB3_65DS3XGn-FoL6reAfIux_OduSgGbjWeOBqRhQfue9WTjC8agEadjTbHw2UMwRYzbodaaHdwG9fRFp30_YlOYdcYJ/s320/nebulosa-trifida.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nebulosa de Trifida</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGcZ4srKajRWJtrARH3Dn7JaZjenNaAL0SPLhqr3_uVxiMoIm3UUVzexcDIZhYVImLIQkSy7BWam1qbzj5L1pqzOqwtGL9kHmA_WltPjYKjZ5_SWaMzJXjb8jBrwV_kUFC4mWsFeSaiqJw/s1600/galaxia-sombrero.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGcZ4srKajRWJtrARH3Dn7JaZjenNaAL0SPLhqr3_uVxiMoIm3UUVzexcDIZhYVImLIQkSy7BWam1qbzj5L1pqzOqwtGL9kHmA_WltPjYKjZ5_SWaMzJXjb8jBrwV_kUFC4mWsFeSaiqJw/s320/galaxia-sombrero.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Galáxia de sombrero</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCexs5SlLAbqHpw-20ba7Ye273X4PwMeO2iCrjFAQE7TDvKr1RhY9kqHfA4Srk2V9AVBVyL-tCJcXxIrj1JOsyWuBmp6S4HP5I1RfLbpdY4W8zEdLAIU_AUnFJG7Qj3P0oan4YUjOV4GCi/s1600/colisao-asteroides-620.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCexs5SlLAbqHpw-20ba7Ye273X4PwMeO2iCrjFAQE7TDvKr1RhY9kqHfA4Srk2V9AVBVyL-tCJcXxIrj1JOsyWuBmp6S4HP5I1RfLbpdY4W8zEdLAIU_AUnFJG7Qj3P0oan4YUjOV4GCi/s320/colisao-asteroides-620.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Colisão de asteróides</td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS094fn0_bjy_HEqoaY0zhPtsYF6VmQLqdbUa32Sl6AFXFNfslPim0W-anZEmdwdMn7QdjI8Z4S1z8AFhyphenhyphena2PPeI-d6dfycRRfeyOkOa43loAPVnRCCuT-Fp52M3zEZlz4J8fHEFixDFXC/s1600/nebulosa-do-cisne.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhS094fn0_bjy_HEqoaY0zhPtsYF6VmQLqdbUa32Sl6AFXFNfslPim0W-anZEmdwdMn7QdjI8Z4S1z8AFhyphenhyphena2PPeI-d6dfycRRfeyOkOa43loAPVnRCCuT-Fp52M3zEZlz4J8fHEFixDFXC/s320/nebulosa-do-cisne.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nabulosa do Cisne </td></tr>
</tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7yI5ccVKlglT_yelfI4O-YJC3fkie1T0wppgH45xLIqv3IWmICYXUsQ0dfHv04YIH5tO09QtiU8dQVhtVoBxXPm2iITn-GyTPsd2J6ms6qBfzTKcaZvJciIJwm9fTwY4PTjfEoChEhdFs/s1600/hubble-eskimo-nebula.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7yI5ccVKlglT_yelfI4O-YJC3fkie1T0wppgH45xLIqv3IWmICYXUsQ0dfHv04YIH5tO09QtiU8dQVhtVoBxXPm2iITn-GyTPsd2J6ms6qBfzTKcaZvJciIJwm9fTwY4PTjfEoChEhdFs/s320/hubble-eskimo-nebula.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nebulosa de Eskimo</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-63869485785142707742010-04-19T09:33:00.002-03:002010-05-18T15:02:07.959-03:00Música renascentista.<div style="text-align: justify;">O período renascentista ficou marcado pela polifonia coral e policoral, cantada sem acompanhamento de instrumentos.</div><div style="text-align: justify;">Durante o século XV, as capelas corais se multiplicaram por todas as igrejas. Tornaram-se excelentes escolas musicais e concentraram a formação da maioria dos compositores importantes até o século XVII.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-v0JWGgjD2OJNMah7-uj_5rYNvaDypvnXu-YwXMwVcvKikzlW_Lno8mU7f5IGdiXxNIAUPUh6RZMDt5Q91t3PRqwBMs7Y3wulEDSKhP0sFFCJiTCf7zSzyj2n1c7NiO0Hse0V2tkQ2FcQ/s1600/sao+marcos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-v0JWGgjD2OJNMah7-uj_5rYNvaDypvnXu-YwXMwVcvKikzlW_Lno8mU7f5IGdiXxNIAUPUh6RZMDt5Q91t3PRqwBMs7Y3wulEDSKhP0sFFCJiTCf7zSzyj2n1c7NiO0Hse0V2tkQ2FcQ/s200/sao+marcos.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Interior da Basílica de São Marcos em Veneza</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na basílica de São Marcos em veneza, havia galerias, situadas em ambos os lados da nave, destinadas ao coro e a dois grandes orgãos. Isso deu aos compositores a ideia de criar obras policorais para serem cantadas por mais de um coro do outro lado e vice-versa.</div><div style="text-align: justify;">Nesse período uma nova escola, a flamenca, invadiu a música gregoriana e os testos religiosos, juntando a eles instrumentos, motivos profanos e habilidades vocais que modificaram sensivelmente a música religiosa. Foi uma grande preocupação para a igreja de Roma, que pensou seriamente proibi-la nas cerimônis litúrgicas.</div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXNDrlAb1Pdp_n9jOsaW5860g8mFWX6nkTT6e3Qs10jYEyu_GWj9Sl_y9B-zDQVrv1tqYN531KMgK4Hlj_252lvM_XnhrOO4j-nUft1_z1Auyu6nkxCoM1FloA5IQe6qUKNUH6plUkTFvP/s1600/palestrina.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXNDrlAb1Pdp_n9jOsaW5860g8mFWX6nkTT6e3Qs10jYEyu_GWj9Sl_y9B-zDQVrv1tqYN531KMgK4Hlj_252lvM_XnhrOO4j-nUft1_z1Auyu6nkxCoM1FloA5IQe6qUKNUH6plUkTFvP/s200/palestrina.jpg" width="158" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Giovani Pierluigi Palestrina</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Giovani Pierluigi Palestrina (1525-1594), ex cantor de coro, entrou em cena para fazer frente a essa invasão. No concílio de Trento, sua música <a href="http://www.youtube.com/watch?v=y28ZRYF9Q-4">Missa do papa Marcelli</a> demonstrou aos alarmados cardeais que a música podia ser grandiosa e sublime a serviço de Deus, sem a intervenção de qualquer instrumento, apenas com o recurso da voz humana. Assim surgiu o gênero capela. </div><div style="text-align: justify;"> </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-71244524923530373742010-04-15T11:43:00.004-03:002010-05-13T00:28:33.699-03:00A Ingleterra de Shakespeare<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkLY8ZcloRbYUw-Rayq2awo2dU_Lc0bU2MUGVhCLCLgKyGWo1tsESc2hfg3E5CW-K6NfPrUlUbbQUjqNHRCFQQrBssiV4lGU0y7ixMWg-YPOfel2DHQYv1UEsOFNh7Qoj-tJCr9vQgWTe9/s1600/shakespeare.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="330" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkLY8ZcloRbYUw-Rayq2awo2dU_Lc0bU2MUGVhCLCLgKyGWo1tsESc2hfg3E5CW-K6NfPrUlUbbQUjqNHRCFQQrBssiV4lGU0y7ixMWg-YPOfel2DHQYv1UEsOFNh7Qoj-tJCr9vQgWTe9/s400/shakespeare.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Shakespeare and His Contemporaries</i> ("Shakespeare e seus Contemporâneos", 1851), do pintor escocês John Faed. </td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">William Shakespeare nasceu na Inglaterra em 1564. Aos 21 anos foi morar em Londres , onde formou seu grupo de teatro e passou a adaptar e representar peças antigas, escrevendo um grande número de farças, comédias, dramas históricos, as quais atraíam um anorme público. Tornou-se tão famoso e admirado que chegou a ser chamado a corte para representar para a rainha Elisabeth I. Por isso, é considerado o maior dramaturgo do renascimento na Inglaterra.</div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Podemos definir o renascimento como o aparecimento de uma cultura baseada na valorização de todas as capacidades do homem e no estudo co nhecimento da natureza, que surgiu em vários países da Europa, reformulando as artes as letras e as ciências.</div><div style="text-align: justify;">O renascimento foi um período magnífico da cultura europeia. Aconteceu durante a idade média. O movimento originou uma poderosa mudança na arte e na literatura italiana dos séculos XV e XVI, irradiando-se depois para toda a Europa, promovendo em toda parte um forte reflorescimento da arquitetura, da escultura, da pintura, da literatura, da música, enfim, das artes e da ciência. Foi a origem de uma nova visão política.<br />
Para alguns estudiosos do renascimento, a crença de que o século XV e XVI assistiram ao brilhante ressurgimento da cultura grego-romana, é considerada, hoje, exagerada; pois a idade média não desconhecera a cultura antiga, alias, preservada graças em parte aos castelos medievais. Assim, não houve uma quebra de continuidade entre um período e outro. Por isso, prefere-se datar o renascimento entre 1300 e 1600.<br />
De modo geral, o renascimento é considerado como total oposição ao período medieval. Os historiadores tendem a ve-lo mais como um processo evolutivo do que um ruptura profunda.<br />
Porém, o homem renascentista tinha características que o distinguiam de seus antecessores medievais: era profundamente individualista, racionalista, eclético. O homem se auto-valoriza, vendo sua existência como uma forma de não apenas louvar ao criador, mas tembém de louvar a si mesmo como criador.<br />
Esse perfil, contudo não se aplica a toda população europeia da época. A cultura renascentista foi na verdade um fenômeno de elite, um movimento urbano, tendo se manifestado desigualmente entre várias regiões. O centro da Itália, parte mais urbanizada e rica da Europa, foi o polo dinâmico desse movimento cultural. Nas zonas rurais que cobriam a maior parte da Europa, predominava uma cultura tradicional popular e oral.<br />
Tendo descoberto o mundo pela ciência e arte da época, os renascentistas também queriam domina-lo pela inteligência. Embora não dispondo ainda das ciências naturais e matemáticas, de Galileu e Descartes. </div><div style="text-align: justify;">Na época de Shakespeare, o poder na Inglaterra concentrava-se nas mão da rainha Elisabeth I, que governou entre 1558 e 1603. Foi durante o seu reinado que o país passou a ter o domínio das rotas comerciais marítimas, ampliando seu império com conquistas territoriais na América, África e Ásia.</div><div style="text-align: justify;">Na literatura, o movimento renascentista recebeu o nome de classicismo. Entre as várias características do classicismo estava a adoção de temas da mitologia grega e romana. Mitologia é a história dos deuses e heróis dessa civilizações clássicas. Quase todos os deuses são comuns às duas mitilogias, embora tenham nomes difirentes.</div><div style="text-align: justify;">Era comum, portanto, no classicismo do século XVI, aparecerem nas obras literárias da época, personagens gregos e deuses da mitologia. Agora você pode compreender melhor por que Shakespeare usou em sua obra essas figuras em, por exemplo, Sonho de uma noite de verão. A história passa-se em Atenas, há personagens gregos, figuras mitológicas gregas e romanas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;">fonte: </div><div style="text-align: justify;">Ana Maria Machado. Sonho de uma noite de verão. </div><div style="text-align: justify;"><a href="http://suapesquisaemhistoria.blogspot.com/2010/03/o-renascimento.html">www.suapesquisaemhistoria.blogspot.com</a></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-45051356162892807082010-04-14T13:47:00.000-03:002010-04-14T13:47:44.594-03:00As culturas indígenas no território brasileiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz_jNKhyeuo8SPpN4qJFjAoj8N2NOoByYV8j_pbEDU46tlWcoyua0lQniC9IoQlnelP-UxaDFOEdczW0aHM7qh-CApixyeFgHWS-Mu1KhSMcraQ4wpTcvsqTFgrQ0VLRZEZZOZINzPmQvE/s1600/ind%C3%ADgenas.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjz_jNKhyeuo8SPpN4qJFjAoj8N2NOoByYV8j_pbEDU46tlWcoyua0lQniC9IoQlnelP-UxaDFOEdczW0aHM7qh-CApixyeFgHWS-Mu1KhSMcraQ4wpTcvsqTFgrQ0VLRZEZZOZINzPmQvE/s400/ind%C3%ADgenas.gif" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;">Na área que hoje corresponde ao Brasil, talvez vivessem em 1500 algo em torno de 3 milhões de indígenas. Certos grupos limitavam-se à coleta de frutos silvestres, à caça e à pesca, enquanto outros acrescentavam uma agricultura rudimentar, em que se destacava o cultivo da mandioca. Nenhum deles se sedentarizara completamente, embora muitos vivessem em aldeias, nas quais permaneciam por alguns anos. <br />
As muitas centenas de tribos que ocupavam o território podem ser classificadas, de um modo geral, em quatro grupos lingüísticos: tupi, gê, caribe e aruak. Alguns outros são considerados isolados, como os nambikwara e os bororos.<br />
Os grupos cariba e aruak eram encontrados na Amazônia e pertenciam a troncos que se estendiam pelas Antilhas, até a Flórida. Mais selvagens e agressivos, os caribes localizavam-se nas regiões altas das Guianas e dali desciam em direção ao Amazonas, ao passo que os aruaks mostravam-se muito adaptados à vida ribeirinha da grande bacia, tendo como centro o estuário do rio Negro.<br />
Os gês ocupavam o planalto central, do Maranhão ao alto Paraguai. Algumas tribos viviam na Serra do Mar, próximas ao litoral sul.<br />
De todos, eram os tupis-guaranis, espalhados ao longo da costa, os mais numerosos e aqueles com os quais os portugueses travaram contatos mais freqüentes e intensos. No momento da descoberta, concluíam uma longa migração em direção ao nordeste, que se iniciara nas fraldas dos Andes ou na região intermediária entre os rios Paraná e Paraguai. Na margem sul do Amazonas, algumas tribos tupis tinham acabado de estabelecer talvez a mais elaborada sociedade de todo o futuro território brasileiro, a julgar pelas primorosas cerâmicas que deixaram (Marajó e Santarém).<br />
Uma típica aldeia tupi consistia de quatro ou mais longas tabas, de tetos arredondados, feitas de palha, cercadas por uma paliçada. Cada taba abrigava diversas famílias, distribuídas por redes ao redor do fogo com que cozinhavam. A organização social só conhecia a divisão do trabalho por sexo e idade. Um conselho de anciãos (isto é, com mais de 40 anos) reunia-se quase diariamente para decidir os assuntos da tribo, e o chefe tinha uma função sobretudo militar. A expressão artística limitava-se principalmente à ornamentação do corpo - no mais das vezes nú - com pinturas, plumagens e objetos, como amuletos de pedra presos ao lábio inferior e a outras partes do corpo.<br />
A vida era dominada pela magia e pela guerra. Sem dispor de uma religião estruturada, os tupis sentiam-se rodeados por espíritos ou demônios, na maioria das vezes maléficos, que os curandeiros (pajés) procuravam controlar por meio de rituais elaborados. A guerra, por sua vez, constituía o meio pelo qual os homens se distinguiam através do número de inimigos mortos ou capturados. As diversas tribos tupis do litoral, cujas denominações decorrem muitas vezes de nomes atribuídos pelos portugueses, combatiam constantemente umas às outras, formando e desfazendo alianças, que equivaliam a verdadeiras confederações.<br />
Os prisioneiros capturados eram mantidos em cativeiro pelas mulheres da tribo e, posteriormente, executados em um ritual próprio, para que cada membro da tribo ingerisse um pedaço de seu corpo. Essa prática antropofágica destinava-se à aquisição da força espiritual do inimigo e à perpetuação do conflito, sob a forma de vendeta.<br />
</div><div style="text-align: justify;">Fonte: Enciclopédia de história do Brasil</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-78621767271821799932010-04-14T11:33:00.001-03:002010-05-18T14:54:19.469-03:00A união ibérica<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLUj0yY6IxKVBRLGZym2bQZ7MrfvJ7vr9hN0JjQQPZWkTusf7wQVA5u7F66BdUOFd1-HLxlI2SsyWO3_phcTcZmv1sOgMTbLlu-voUfitaI_xrWJbSjLG-y6rk9BQiLTREheKb3jlTWSxq/s1600/sebasti%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLUj0yY6IxKVBRLGZym2bQZ7MrfvJ7vr9hN0JjQQPZWkTusf7wQVA5u7F66BdUOFd1-HLxlI2SsyWO3_phcTcZmv1sOgMTbLlu-voUfitaI_xrWJbSjLG-y6rk9BQiLTREheKb3jlTWSxq/s320/sebasti%C3%A3o.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Manifestação tardia do espírito português de cruzada em África, desaparecia na batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, o jovem rei de Portugal, D. Sebastião, sem deixar herdeiros diretos. Contornada a crise dinástica com a ascensão ao trono de seu tio, o idoso cardeal D. Henrique, a morte deste, dois anos depois, veio recolocá-la novamente, com toda a força.<br />
<br />
Dentre os principais pretendentes, D. Antônio, prior do Crato, contava com a simpatia de poucos setores influentes. Diante das dificuldades de manter o império do Oriente e da carência de metais preciosos, a maior parte da nobreza e dos comerciantes de grande porte preferiu apoiar as pretensões do rei de Espanha, Felipe II (1527-1598). Após subornos e a invasão do reino pelas tropas espanholas, desmantelando a resistência de D. Antônio, aquele foi aclamado rei de Portugal, nas cortes de Tomar (1581), com o nome Felipe I.<br />
Proclamado um indulto geral, o novo soberano definiu a situação de Portugal em um documento com 25 capítulos de 1582. Mantinham-se os direitos e costumes portugueses, inclusive a cunhagem de moeda própria e o uso da língua. Os funcionários, dentre os quais o vice-rei ou governador, que ficaria à testa do reino, permaneceriam sendo portugueses. Um Conselho de Portugal passaria a integrar a administração espanhola. Os tratos da Índia e da Guiné continuariam em mãos lusitanas, mas franqueava-se o comércio entre Espanha e Portugal.<br />
Esta última medida, cujo objetivo era o de facilitar o ingresso no reino da prata que a Espanha obtinha em abundância na América, teve importantes conseqüências no Brasil. Ela facilitou o acesso dos colonos à praça de Buenos Aires, um dos pontos de escoamento do precioso metal, por contrabando com a região do Peru. Foi com base nesse comércio que tomou impulso a cidade do Rio de Janeiro. Por outro lado, tornou sem muito efeito a linha divisória entre os territórios americanos das duas Coroas, estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas (1494), estimulando a penetração em direção ao interior dos colonos portugueses no sul do Brasil e na Amazônia.<br />
Entretanto, a União Ibérica também trouxe problemas para os domínios portugueses, em decorrência do intricado tabuleiro diplomático europeu dessa época. Ao alinhar-se com a Espanha, Portugal identificou-se com a política dos Habsburgos (dinastia reinante na Espanha e na Áustria), e adquiriu como inimigos a França e os demais países aliados, com os quais esta procurava garantir o equilíbrio da Europa. Essa situação conduziu à Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), de dimensões continentais, que marcou o surgimento do sistema diplomático europeu moderno.<br />
Dentre os aliados da França, encontravam-se os Países Baixos do norte, liderados pela Holanda, em guerra com a Espanha para ter formalmente reconhecida a independência alcançada na prática entre 1581 e 1585. Dessa forma, enriquecida pelo comércio oceânico mundial, a Holanda logo identificou as possessões portuguesas na América e no Oriente como um alvo privilegiado para retaliações. O resultado foi a concorrência holandesa aos portugueses no oceano Índico e as invasões, em 1624 e 1630, da Bahia e de Pernambuco.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-76201863180162997332010-04-14T11:23:00.000-03:002010-05-02T02:44:16.485-03:00Campanha pelas diretas já<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJGiAjV_9ap5kPsbrQxPLKp-DsdICOEFQq8mp609CMVg_BsJziRLuxobWjZey0KNh6cVhrRNeIeeFXFQHjxWxUwwGWmiVLN2zGtYzfMiaWLTMfggA14SnqCAr6HMNADpdeOJFFzEvHW0WD/s1600/diretas+j%C3%A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJGiAjV_9ap5kPsbrQxPLKp-DsdICOEFQq8mp609CMVg_BsJziRLuxobWjZey0KNh6cVhrRNeIeeFXFQHjxWxUwwGWmiVLN2zGtYzfMiaWLTMfggA14SnqCAr6HMNADpdeOJFFzEvHW0WD/s320/diretas+j%C3%A1.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">O governo Figueiredo estava destinado a fechar o ciclo dos governos militares. Conforme o pensado pelos estrategistas do regime, o poder deveria cair nas mãos do PDS. Desse modo, o ciclo fechar-se-ia com chave de ouro. No entanto, o governo Figueiredo fora extremamente difícil. Apesar do fim do AI-5, da anistia e das eleições diretas para governador em 1982, houve uma brutal recessão econômica, provocando rebaixamento salarial, desemprego e total desilusão com o regime inaugurado em 1964.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse estado de espírito geral ficou claro quando uma despretensiosa emenda apresentada por um deputado do PMDB de Goiás, Dante de Oliveira, em março de 1983, passou a chamar atenção do público, sobretudo após as declarações favoráveis do Cardeal D. Paulo Evaristo Arns e de D. Ivo Lorscheiter, secretário-geral da CNBB. A emenda constitucional tinha por finalidade transformar as eleições indiretas de 1985 em eleições diretas.</div><div style="text-align: justify;">O primeiro comício pelas diretas aconteceu em Goiânia, reunindo cinco mil pessoas. No entanto, à medida em que as grandes lideranças políticas nacionais foram aderindo – Teotônio Vilela, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Tancredo Neves, Leonel Brizola, Lula – a campanha foi ganhando impulso e reunindo multidões.</div><div style="text-align: justify;">Com o comparecimento de artistas populares e sempre apresentados pelo locutor esportivo Osmar Santos, os comícios pelas diretas – DIRETAS Já – tornaram-se arrebatadores, superando em muito tudo o que já se vira em termos de mobilização política.</div><div style="text-align: justify;">No início de abril de 1984, o comício pelas diretas no Rio de Janeiro reuniu cerca de 500 mil pessoas. No dia 16, em São Paulo, reuniram-se 1 milhão e setecentas mil pessoas.</div><div style="text-align: justify;">Embora nem o governo nem o PDS estivessem dispostos a abrir mão de usar suas prerrogativas de designar seu candidato pela via indireta, o governo sobressaltou-se com a campanha. Órgãos de comunicações social ligados ao regime, como a Rede Globo de Televisão, que pretenderam ignorar os comícios, tiveram que se render às evidências, filmando-os e comentando-os, sob pena de completa desmoralização. </div><div style="text-align: justify;">Na noite de 25 de abril, a emenda Dante de Oliveira foi votada. Embora tenha obtido maioria de votos, a emenda não passou por falta de quorum, já que 112 deputados do PDS se ausentaram do plenário. Faltaram apenas 22 votos para ser aprovada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fonte: enciclopédia de história do Brasil </div> Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-26487405710026571522010-04-14T11:20:00.001-03:002010-05-18T14:55:04.459-03:00Resistência da direita à abertura política<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpD2o9aSrapQixf9ZfLSOg-Db5LUsPnpeAWnAA9YqP3My3zOly3JuQdH0Bb1AtQ0yvK3dPONz-qQdO2LCUim-gw05SNEHcebG8JbQXvBZwcD2l_Uh5TdGce4SsMWMDIf4mvLMV7cbjdt6A/s1600/resist%C3%AAncia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpD2o9aSrapQixf9ZfLSOg-Db5LUsPnpeAWnAA9YqP3My3zOly3JuQdH0Bb1AtQ0yvK3dPONz-qQdO2LCUim-gw05SNEHcebG8JbQXvBZwcD2l_Uh5TdGce4SsMWMDIf4mvLMV7cbjdt6A/s320/resist%C3%AAncia.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">João Batista de Oliveira Figueiredo assumiu a presidência comprometendo-se publicamente em realizar a "abertura" que conduziria o país ao estado de direito. Com seu jeito destemperado, fez declarações cômicas a respeito, tais como "prendo e arrebento quem se opuser à democratização do país". Apesar do sentido um pouco contraditório pelo modo truculento de democratizar, isso era interpretado como uma manifestação de sinceridade, própria de seu gênero autêntico. A contradição real era porém outra. Ou seja, a do seu ministério. Com exceção de Golbery, de corpo e alma empenhado na abertura, e de poucos outros, havia ministros francamente antipáticos à idéia de democratização. Esse sentimento era bem explícito, no caso do Chefe do SNI, Otávio Medeiros.<br />
<br />
O produto desse descompasso dentro das hostes governistas foram os violentos atentados terroristas praticados contra organizações da sociedade civil que se vinham destacando na luta contra o arbítrio. Ao longo dos anos 80 e início de 1981 ocorreram numerosas explosões de bombas, com finalidades intimidadoras. Em um desses atentados morreu a Sra. Lida Monteiro da Silva, secretária da OAB, ao abrir uma carta-bomba, em agosto de 1980. O ato comoveu o país. E o próprio presidente da República discursou pedindo que os terroristas o escolhessem como alvo, deixando em paz pessoas inocentes.<br />
Porém, o terrorismo atingiu o clímax em abril de 1981. No dia 30, no estacionamento do Riocentro, onde era realizado um show de música popular, uma bomba explodiu dentro de um carro esporte matando um sargento e ferindo gravemente um capitão do exército. Não havia muito o que explicar. Era tudo muito óbvio. Apesar disso, as autoridades do Exército arrogaram o inquérito para si, concluindo-o com a não muito surpreendente afirmação de que ambos os militares foram vítimas de um atentado. Mediante a incrível conclusão ficava claro que João Figueiredo não controlava os radicais que trabalhavam para obstruir a abertura. E mais claro ainda ficou quando o general Golbery do Couto e Silva, o idealizador da abertura, demitiu-se do Gabinete Civil da Presidência.<br />
Golbery foi substituído por João Leitão de Abreu, um civil conhecido por suas ligações com o grupo do ex-presidente Médici. No entanto, a marcha da abertura já ganhara ritmo próprio e nem mesmo o ataque cardíaco de João Figueiredo, que o obrigou a afastar-se da presidência, sustou o processo. </div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="text-align: justify;">Fonte: Enciclopédia de História do Brasil<br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-35379537745768281042010-04-13T09:10:00.000-03:002010-05-02T02:44:16.510-03:00A crise no governo Jango<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh31r8dargGeDU9njXg5uiQL6KiykkuYbIULT1qLlh2JHM5Qh_WeEaX-Ao4QxyK4jWGfUl5r0dq6Jk8nvUonT1kCv4aKh-fkJOauwE0n0PYdae1DBq9zUHXFwqJfz0-YkROVPxVwW8xQf1z/s1600/f_0354.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh31r8dargGeDU9njXg5uiQL6KiykkuYbIULT1qLlh2JHM5Qh_WeEaX-Ao4QxyK4jWGfUl5r0dq6Jk8nvUonT1kCv4aKh-fkJOauwE0n0PYdae1DBq9zUHXFwqJfz0-YkROVPxVwW8xQf1z/s320/f_0354.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">O ano de 1963 foi marcado por uma forte tensão social, pontuada por várias crises. Tanto a esquerda como a direita, na luta a favor e contra as Reformas de Base, confrontaram-se todo o tempo, sem que o governo conseguisse exercer qualquer controle sobre a situação. <br /><br />Em maio, os sargentos das três Armas se revoltaram, em Brasília, por não terem suas reivindicações atendidas. Ao mesmo tempo, Leonel Brizola e o general Muricy se agrediram verbalmente, em Natal, no contexto da campanha de Brizola contra o imperialismo. Em setembro, mais uma revolta de sargentos da Marinha e da Aeronáutica, insatisfeitos com a decisão do Supremo Tribunal Federal em lhes recusar direitos políticos. Ainda nesse mês, Carlos Lacerda foi advertido pelos ministros militares do teor da entrevista por ele concedida a um jornal americano, considerada ofensiva à imagem das Forças Armadas. <br />Ademais, a agitação no campo promovida pelas Ligas Camponesas se intensificou, verificando-se movimentos de invasão de terras. Por outro lado, a rejeição pelo Congresso da emenda constitucional que autorizava a desapropriação de terras sem indenização prévia inflamou ainda mais os ânimos.<br />Face esse quadro conturbado, João Goulart, em outubro, solicitou ao Congresso a decretação do estado de sítio, para tentar restabelecer a ordem. A recusa do Congresso em atendê-lo o indispôs com a esquerda, que interpretou o pedido como uma vacilação política que comprometia o projeto das reformas. <br />A classe operária, por sua vez, multiplicava os movimentos grevistas. Ante a evidente má vontade do empresariado em cooperar para o sucesso do Plano Trienal e a elevação do índice de inflação, o operariado se recusou a assimilar as perdas salariais, exigindo pronta reposição do poder de compra. <br />Assim, no final de 1963, o quadro político era de confronto, tendo, inclusive, os proprietários de terras se armado para enfrentar a reforma agrária.<br /> </div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-19185829500851485092010-04-13T09:05:00.001-03:002010-05-18T14:56:09.753-03:00A política conômica do governo Costa e Silva<div style="text-align: justify;">A política econômica deflacionista praticada pela equipe econômica de Castelo Branco (Octávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos) provocara enorme insatisfação. A aplicação do receituário monetarista ortodoxo do FMI, ao centrar sua ação sobre a elevada inflação e abrir o mercado ao capital estrangeiro, teve por conseqüência uma acentuada redução do valor dos salários e um vigoroso movimento de compra das empresas de capital brasileiro pelas empresas estrangeiras. Por outras palavras, houve perdas econômicas generalizadas e um dramático empobrecimento da classe trabalhadora brasileira, sobre a qual recaiu todo o peso das medidas anti-inflacionárias. <br />
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Com Delfim Neto essa política é encerrada. Delfim, aos 38 anos, era professor de economia da Universidade de São Paulo (USP) e tornara-se conhecido em virtude do trabalho que realizara à frente da Secretaria de Economia do Estado de São Paulo, no governo Castelo Branco. Defensor entusiasta do golpe de 1964, Delfim prometia encaminhar um veloz processo de desenvolvimento econômico, sem aumentar a inflação.<br />
Para Delfim Neto, o processo de desenvolvimento e de elevação da renda dependia de uma maior oferta de crédito bancário ao setor privado. E, para evitar que tal medida resultasse em retorno de taxas elevadas de inflação, pôs em prática uma política de controle de preços. Em agosto de 1968, criou o Conselho Interministerial de Preços (CIP), que previa punições para aqueles empresários que desrespeitassem as diretrizes do órgão. Em consonância com essa orientação estendeu a indexação dos salários do setor público para o setor privado e o oficializou.<br />
Por modo de modificações introduzidas na legislação, sobretudo pelas isenções de IPI e ICM, começou a ganhar corpo o novo perfil econômico do Brasil, que passava de exportador eventual a exportador permanente de produtos manufaturados.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-24890646465016015082010-04-12T13:30:00.002-03:002010-05-18T14:59:48.888-03:00A reformulação dos partidos políticos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgIzdoA_KZvLrvCkMmrY6pXVb-Coff6BAXeQcFatnKcww-p_LpVDMiFNux6ysWJdywXDrEhjqcbGup_njaEoUWhsgxGtmP-I5lRSkWtsEtVMkRHmxlXRZ8t4FZ5bK7DRjtmsxGuu1ubeL_/s1600/POLiTICOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgIzdoA_KZvLrvCkMmrY6pXVb-Coff6BAXeQcFatnKcww-p_LpVDMiFNux6ysWJdywXDrEhjqcbGup_njaEoUWhsgxGtmP-I5lRSkWtsEtVMkRHmxlXRZ8t4FZ5bK7DRjtmsxGuu1ubeL_/s320/POLiTICOS.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O Ato Institucional Número 2, de 1965, criara uma sistema bipartidário em lugar do pluripartidário, tal como o previsto pela Constituição de 1946. O bipartidarismo visava proporcionar uma estabilidade política no Congresso, através de um partido do governo – ARENA – e uma leal oposição. Como se dizia na época, o partido do "sim" e o partido do "sim, senhor".<br />
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No entanto, com a evolução dos governos militares essa situação mudou. E o MDB acabou tornando-se o ponto de convergência de todos os segmentos oposicionistas, acumulando crescentes vitórias eleitorais. No entender do principal estrategista político do governo, Golbery do Couto e Silva, essa situação criada pelo MDB poderia prejudicar os planos de uma redemocratização controlada. A persistir a tendência, o MDB se tornaria majoritário no Congresso. Era, portanto, necessário criar mecanismos que propiciassem uma fragmentação das oposições reunidas no interior do MDB e, ao mesmo tempo, mantivessem a ARENA coesa, na condição de partido governista. Golbery não fez segredo de suas intenções, expondo-as publicamente em conferência pronunciada na Escola Superior de Guerra e, depois, publicando-a em livro.<br />
Considerada pelo governo uma questão urgente, o Congresso aprovou, em 20 de dezembro de 1979, sob protestos do MDB, a Nova Lei Orgânica dos Partidos Políticos. A Nova Lei extinguia os dois partidos existentes – ARENA e MDB – criando novas regras para a edificação de novos partidos, aos quais não era permitido usar o nome das legendas anteriores.<br />
A ARENA transformou-se em Partido Democrático Social (PDS). O MDB, para manter sua identidade, passou a denominar-se Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).<br />
Entre os setores de esquerda sem grandes afinidades com o MDB, a questão da criação de partidos acabou por tornar-se um problema, tal como Golbery pretendia. Leonel Brizola e Ivete Vargas disputaram arduamente a legenda do PTB. A sigla acabou ficando nas mãos de Ivete Vargas, tendo Leonel Brizola que criar o Partido Democrático Trabalhista (PDT).<br />
A grande novidade ficou por conta dos metalúrgicos da região do ABC paulista. Interpretando que todos os partidos de esquerda existentes, mesmo o ilegal PCB, não comportavam em suas estruturas a nova concepção trabalhista que se forjara na luta contra o regime militar, decidiram-se por criar seu próprio partido. Assim, em outubro de 1979, reunindo operários, intelectuais e centrado no Estado de São Paulo, criou-se o Partido dos Trabalhadores (PT), que tinha como mais expressiva liderança o líder sindical Luís Inácio da Silva, o Lula.<br />
Por último, políticos tradicionais e moderados, tais como Tancredo Neves e Magalhães Pinto, criaram o Partido Popular, que devia constituir uma oposição construtiva do novo regime que se ia estruturando.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-14972480771189074672010-04-12T13:27:00.001-03:002010-05-18T15:02:35.387-03:00A lei da anistia<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLBqfMky6RWckxf9VlwQVnRdl_wLyB8J9QvPtPIS23FU172xfTV4fsEqaFOEcbQQXnRvemWDDbF46j17bP-QZFD5q7cU8mhimmQVUzClmP_N0p-ftrgNuwhJrmxeoK-T_G3QBOox8GfIS5/s1600/anistia.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459288853881829138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLBqfMky6RWckxf9VlwQVnRdl_wLyB8J9QvPtPIS23FU172xfTV4fsEqaFOEcbQQXnRvemWDDbF46j17bP-QZFD5q7cU8mhimmQVUzClmP_N0p-ftrgNuwhJrmxeoK-T_G3QBOox8GfIS5/s320/anistia.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 224px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">A anistia política constituiu um ponto de convergência de todos os segmentos oposicionistas da nação. Em todas as reuniões públicas, quer explicitamente políticas, quer trabalhistas ou até mesmo esportivas sempre havia menção à anistia. Numerosas passeatas, reunidos muitos ou poucos manifestantes, tinham como sua palavra de ordem anistia geral e irrestrita. Era ponto comum que jamais poderia haver democratização real, enquanto houvesse brasileiros afastados do país por motivo de opinião.<br />
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A Lei da Anistia, Lei nº 6.683, foi sancionada pelo governo em 28 de agosto de 1979. Beneficiava todos os cidadãos punidos por atos de exceção desde 9 de abril de 1964, quando foi editado o Ato Institucional Número 1. Conquanto não fosse ampla geral e irrestrita, como os movimentos sociais desejavam, a lei provocou satisfação e otimismo. Na tramitação no Congresso, a oposição percebeu que as restrições impostas pelo governo à lei teriam de ser aceitas; caso contrário, nada de positivo seria conseguido. A lei não concedia anistia aos envolvidos na luta armada e nos chamados "crimes de sangue". Na prática, a lei permitiu a volta dos exilados, mas anistiou também todos aqueles vinculados ao aparato de segurança do Estado que praticaram assassinatos e torturas. Dentre esses, figurava o sádico e temido policial Sérgio Fleury, que acabou por morrer em um acidente logo após a promulgação da lei. Esse caráter limitado da lei fez com que as organizações dedicadas à questão e os familiares dos "desaparecidos" continuassem a reivindicar a responsabilização do Estado pelos desaparecimentos e a punição dos torturadores.<br />
Assim, por meio da lei, numerosas figuras públicas puderam retornar ao Brasil, sendo entusiástica e carinhosamente recebidas nos aeroportos por todos aqueles que se haviam empenhados nas organizações e nas ruas pelo seu retorno ao país. Leonel Brizola, Miguel Arraes, Márcio Moreira Alves, Luís Carlos Prestes, Francisco Julião, Fernando Gabeira e tantos outros foram então reintegrados à sociedade brasileira.<br />
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</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-2989278193297501932010-04-12T13:23:00.001-03:002010-05-18T15:00:44.824-03:00O novo sindicalismo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3yayquzmDS6ljEVzvZvhDOqxfskDmanM8ZA8irjk6atvjCEGA8LGK9Gy4s1CMpwiQrayKa4vZdQ_L2DhZoHq25b2deeByP3Gl83WoDbzEmb7jHypxTJrkK_XxyGzVIPnlK43kH-px0P02/s1600/lula.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459287929289777314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3yayquzmDS6ljEVzvZvhDOqxfskDmanM8ZA8irjk6atvjCEGA8LGK9Gy4s1CMpwiQrayKa4vZdQ_L2DhZoHq25b2deeByP3Gl83WoDbzEmb7jHypxTJrkK_XxyGzVIPnlK43kH-px0P02/s320/lula.jpg" style="display: block; height: 239px; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; text-align: center; width: 319px;" /></a><br />
Conquanto a prática política do governo permanecesse assentada nos instrumentos arbitrários, a anunciada intenção de promover a distensão provocou o despertar da sociedade civil, exigindo a aceleração do processo de redemocratização. A decretação do "Pacote de Abril", em aberta contradição com os objetivos propostos, gerou manifestações da sociedade civil cada vez mais desassombradas.<br />
<br />
Às entidades tradicionais e bem conhecidas na sua luta pelo estado de direito, somaram-se entidades novas que se foram organizando em função dos atos arbitrários do regime militar. Portanto, junto à Ordem dos Advogados do Brasil e à Associação Brasileira de Imprensa, passaram a lutar pela democratização a Associação Brasileira para o Progresso da Ciência, o Comitê Brasileiro pela Anistia e as Comunidades Eclesiais de Base, estas últimas exprimindo o inconformismo da Igreja e dos católicos contra o estado de coisas. Ao mesmo tempo, nova geração de estudantes que não haviam vivido as lutas de 1968 começam a se organizar tentando reconstruir a UNE. Embora a perseguição policial continuasse, como a violentíssima invasão da PUC de São Paulo perpetrada pelo coronel Erasmo Dias, secretário de Segurança do Estado, em setembro de 1977, o movimento só tendia a se ampliar.<br />
<div style="text-align: justify;">No setor operário, o mesmo fenômeno acontecia. Inviabilizada a luta trabalhista através de grandes sindicatos, a classe operária passou a se organizar dentro das fábricas, concentrando suas reivindicações na esfera trabalhista strictu sensu. Simultaneamente, foram brotando novas lideranças afins com o novo tipo de sindicalismo. Dentre elas, a mais importante foi a liderança de Luís Inácio da Silva, surgida no ambiente operário da região do ABC de São Paulo. Sua imagem se projetou nacionalmente quando, em 1977, liderou uma greve por reposição salarial, provando, por meio de documentos do Banco Mundial e do DIEESE, que o governo havia falsificado os índices inflacionários, ludibriando os trabalhadores. No ano seguinte de 1978, reeleito para a presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, liderou nova greve envolvendo cerca de 150 mil metalúrgicos, o primeiro grande movimento grevista de âmbito nacional desde 1968.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-40661296198186667632010-04-12T13:20:00.000-03:002010-05-02T02:44:16.569-03:00O milagre econômico<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM9ShPc3D9pvXMB1dGcxHxHrVCTrMuYyyIsFKOGm9F9dKI3aFF3Ia6LG69E_jVqy1hyQgZG2ccIcWFdzi5f_BieP17WGLUyqzdgVgwCFIveGdDLnu6PwfO9qmEMSJ0a6QksIvtyjSMXE3G/s1600/f_0369.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 235px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM9ShPc3D9pvXMB1dGcxHxHrVCTrMuYyyIsFKOGm9F9dKI3aFF3Ia6LG69E_jVqy1hyQgZG2ccIcWFdzi5f_BieP17WGLUyqzdgVgwCFIveGdDLnu6PwfO9qmEMSJ0a6QksIvtyjSMXE3G/s320/f_0369.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459287002166713058" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">O período governativo do presidente Médici foi marcado por um fabuloso crescimento econômico, conhecido como o "milagre brasileiro". Um epíteto que remetia aos milagres japonês e alemão ocorridos no segundo pós-guerra, e que transformava o Brasil numa potência emergente.<br /><br />Tal crescimento começou a se desenhar no ano de 1968, quando a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto – PIB alcançou a marca de 11,2%. A partir de então, os números foram os seguintes: 1969, 10,0%; 1970, 8,8%; 1971, 13,3%; 1972, 11,7%; e 1973, 14,0%.<br />A indústria automobilística se constituiu na vanguarda do processo de crescimento industrial, sendo acompanhada de perto pela indústria da construção civil. A primeira cresceu entre 1968-73 à taxa média de 13,3% ao ano, e a segunda alcançou a marca de 15% ao ano. Embora o crescimento da agricultura não tenha se dado com o mesmo ímpeto, não deixou, porém, de crescer. No mesmo período acima apontado, a agricultura obteve a taxa média anual de 4,5%, enquanto o crescimento populacional ficava na casa dos 3,0%.<br />Em boa medida, tal crescimento se deveu ao grande volume de investimentos estrangeiros, aos investimentos realizados pelo Estado e à expansão do crédito que lançou no mercado uma classe média bem remunerada. Essa foi época da expansão imobiliária, concedendo facilidades à classe média para a aquisição da casa própria, e dos grandes shopping centers, os quais apresentavam abundância de novos produtos eletrodomésticos.<br />O "milagre econômico" consagrava a política econômica do ministro Delfim Neto de tipo produtivista, que se fazia em detrimento do chamado modelo distributivista. Isto é, prevalecia a tese do ministro segundo a qual para haver distribuição do crescimento entre todas as camadas da população era necessário, em primeiro lugar, aguardar o crescimento do bolo. Mais tarde, sim, poder-se-ia, então, dividi-lo. Desse modo, o crescimento se fez à base de uma brutal concentração da renda, cujo anverso foi um processo de exclusão do mercado da maioria da população.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-72240052070752949752010-04-12T13:16:00.000-03:002010-05-02T02:44:16.586-03:00Política externa no governo Costa e Silva<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjpoDlQdRvxgCvpdw7Bx78-ru8sQP6HbapxT_7CuGxaHYs-iRSr6bHh6CP-Q_ndBSnwwgS_nUnNEZ-RqVoeAGX9HOrrk6dDw7igbrPiPgeZCj-2xmSGd1cJ-b07p7ODy9oi8qMPoIcV8JZ/s1600/foto_ap03.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 210px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjpoDlQdRvxgCvpdw7Bx78-ru8sQP6HbapxT_7CuGxaHYs-iRSr6bHh6CP-Q_ndBSnwwgS_nUnNEZ-RqVoeAGX9HOrrk6dDw7igbrPiPgeZCj-2xmSGd1cJ-b07p7ODy9oi8qMPoIcV8JZ/s320/foto_ap03.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459285972216135474" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Com Costa e Silva, a prioridade da política externa brasileira passava a ser o desenvolvimento, substituindo a prioridade dada à segurança por Castelo Branco.<br /><br />Dentre os obstáculos identificados pela diplomacia brasileira de Magalhães Pinto à escalada do desenvolvimento nacional, constavam como mais importantes: 1) as pretensões monopolizadoras das grandes potências sobre as tecnologias de ponta, especialmente sobre a tecnologia nuclear; 2) a estrutura do comércio internacional, favorável aos países desenvolvidos e desfavorável aos países subdesenvolvidos; 3) a expansão do comunismo; 4) as pressões internacionais para que os subdesenvolvidos adotassem políticas de controle da natalidade; 5) as tentativas das grandes potências de monopolizar a exploração do espaço cósmico e do fundo dos oceanos; e 6) o desejo das corporações multinacionais de dominar o mercado latino-americano.<br />Para enfrentar todos esses obstáculos internacionais ao desenvolvimento, Magalhães Pinto encaminhou uma política abertamente nacionalista. Foi dessa orientação estratégica que se destilou a política de nuclearização do Estado brasileiro. Por considerar que a nuclearização pacífica constituía um direito inalienável e que a renúncia a esse direito contribuía para o "congelamento do poder mundial", foi que o governo Costa e Silva recusou-se a assinar o Tratado de Não-proliferação Nuclear (TNP). Tal posição era justificada pelo fato de o tratado ter um caráter excludente, na medida em que traçava uma fronteira tecnológica entre os Estados e, apesar disso, não assegurar a paz mundial. O instrumento utilizado pela diplomacia brasileira para resistir às pressões internacionais, devido à recusa em assinar o TNP, foi a assinatura do Tratado do México (Tlatelolco), em fevereiro de 1967. Por meio dele a diplomacia brasileira afirmava sua boa vontade em cooperar para a não-proliferação de artefatos sem, no entanto, deixar de investir em tecnologia nuclear.<br />No plano bilateral, as relações com os Estados Unidos foram as que exigiram maior atenção por parte da diplomacia. Em virtude da desilusão provocada pelos magros frutos da cooperação econômica e da percepção brasileira de que a estratégia da segurança coletiva afastava o país dos centros decisórios internacionais, perpetuando o subdesenvolvimento e alienando o sistema defensivo, a tendência foi a do progressivo esfriamento.<br /><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-45191907850856672002010-04-12T13:08:00.001-03:002010-05-18T15:03:04.570-03:00A constituição de 1967<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCH78VML1oSMLArOvGht_FeaMNxduuK7CoPYbTxUbGIDxfPh5t69nQ8_PujoeSH8Sc-Y9Ejd17eVqWxe5D9Z5cfA5eeA5OLRO7S-tKGdLcxelfPRFjnqAlKBxsSNH0MaYGG4L5odLY85sf/s1600/f_0360.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459284975947707554" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCH78VML1oSMLArOvGht_FeaMNxduuK7CoPYbTxUbGIDxfPh5t69nQ8_PujoeSH8Sc-Y9Ejd17eVqWxe5D9Z5cfA5eeA5OLRO7S-tKGdLcxelfPRFjnqAlKBxsSNH0MaYGG4L5odLY85sf/s320/f_0360.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 235px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 320px;" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">Em reação à vitória da oposição nas eleições para governador nos Estados de Minas Gerais e da Guanabara, o governo baixou o AI-3 em 5 de fevereiro de 1966. Pelo AI-3, as eleições para governador passariam a ser indiretas, pelas assembléias legislativas através de maioria absoluta. Os prefeitos das capitais seriam nomeados pelo governador. Por outro lado, pelo Ato Complementar 19 ficava estabelecido o princípio da fidelidade partidária. Com isso, ficavam bloqueadas as possibilidades de novas vitórias da oposição. Assim, não constituiu surpresa a vitória da ARENA nas eleições legislativas de 1966.<br />
<br />
Ao mesmo tempo, os juristas Levi Carneiro, Miguel Seabra Fagundes, Orosimbo Nonato e Temístocles Brandão Cavalcanti foram encarregados pelo governo de preparar um projeto de constituição. A 7 de dezembro de 1966, o governo instituiu o AI-4 pelo qual o Congresso era convocado para uma sessão extraordinária para aprovar o novo texto constitucional.<br />
Em 24 de janeiro de 1967, o Congresso aprovava a nova Constituição, que vinha em substituição da Carta liberal de 1946. O novo texto aumentava ainda mais o poder do Executivo. Por ele, ao Executivo competia a exclusividade das iniciativas em projetos de lei sobre segurança e orçamento, ao mesmo tempo em que diminuía a autonomia dos Estados, enfraquecendo o princípio federalista, e centralizava a estrutura do processo de tomada de decisões.<br />
As mudanças foram bem além da Constituição. Foram promulgadas novas leis e assinados decretos executivos. Um dos principais foi aquele que submetia o Executivo a um planejamento de feitio militar. O cimo da pirâmide administrativa era ocupado pelo presidente, que passava a ser assessorado pelo Alto Comando das Forças Armadas, Estado-Maior das Forças Armadas e Serviço Nacional de Informações (SNI). A lei facultava ao SNI instalar seus funcionários em todas as repartições e ter acesso a todos os gabinetes de governo, com vistas à fiscalização das políticas ditadas pelo Executivo.<br />
Além dessas, foi promulgada uma severa Lei de Imprensa, apesar dos protestos dos grandes órgãos do eixo Rio - São Paulo. E, enfim, foi promulgada também a Lei de Segurança Nacional. Esta lei, que contrariava todos os princípios das liberdades civis, foi baixada com a finalidade de criar todas as facilidades para que os órgãos de segurança do Estado pudessem atuar contra os denominados "inimigos internos".<br />
<br />
</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-4837604003040425412010-04-12T13:06:00.001-03:002010-05-18T14:55:38.780-03:00Repressão do Estado durante a ditadura militar<div style="text-align: justify;">Não obstante o fato de a imprensa se ter mantido até certo ponto livre e ser possível recorrer ao instrumento jurídico do habeas corpus, os poderes excepcionais obtidos por meio do Ato Institucional foram utilizados duramente contras as organizações que se haviam destacado na luta a favor das reformas, no governo João Goulart.<br />
<br />
As organizações trabalhistas, como o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), foram as mais visadas pela repressão. Contra as organizações vinculadas às Ligas Camponesas, no Nordeste sobretudo, a repressão foi das mais violentas. Além dessas, a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi dissolvida e seu prédio incendiado. A instituição universitária foi atingida mediante a punição de professores e alunos. A Universidade de Brasília, concebida por Darci Ribeiro e considerada um modelo de instituição progressista pelos seus edificadores e um foco subversivo pelos militares, foi invadida. Os partidos de esquerda, como o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o Partido Comunista do Brasil (PC do B) e a Organização Revolucionária Marxista-política Operária – ORM - POLOP, foram igualmente perseguidos.<br />
De modo geral, as medidas punitivas atingiram amplas camadas, tais como parlamentares, juízes, membros das forças armadas e funcionários públicos federais, estaduais e municipais.<br />
Considerados corruptos ou subversivos, vários parlamentares tiveram seus mandatos cassados. Nos dias 10, 11 e 14 de abril saíram as primeiras listas dos punidos. Nelas figuravam os nomes de João Goulart, Jânio Quadros, Leonel Brizola, Max da Costa Santos, Neiva Moreira, Rubens Paiva, Paulo de Tarso, Almino Afonso, Francisco Julião, Abelardo Jurema, Darci Ribeiro, Celso Furtado, Edmar Morel, Ãnio Silveira e muitos outros.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-68702612161258185132010-04-12T12:56:00.001-03:002010-05-18T15:01:28.975-03:00O ato constitucional n°1<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-_e-b-ma1AZNW1RgzkZFTe321WVp3TTsZ1oWU-hxyI4QLA3ImB7lTyMjVBhmjGKVJJzoeg32NXgiC_Y68H7zY7lapAVYbeK_oSZk3s_FB4_V_vz0-oa6hEmZGJl4AkcxCAFubPbI4Kohc/s1600/foto_a27.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459281537611291650" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-_e-b-ma1AZNW1RgzkZFTe321WVp3TTsZ1oWU-hxyI4QLA3ImB7lTyMjVBhmjGKVJJzoeg32NXgiC_Y68H7zY7lapAVYbeK_oSZk3s_FB4_V_vz0-oa6hEmZGJl4AkcxCAFubPbI4Kohc/s320/foto_a27.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 237px;" /></a><br />
No dia 7 de abril de 1964, o Comando Supremo Revolucionário solicitou ao Congresso pelos poderes executivos para efetuar um amplo programa de "descomunização" do Estado e da sociedade. No dia 9, os plenos poderes foram concedidos e consubstanciados em um Ato Institucional, o primeiro de uma série. Por ele:<br />
<br />
1) As constituições federais e estaduais em vigor seriam mantidas, com as modificações introduzidas pelo Ato Institucional.<br />
2) A eleição do presidente e do vice-presidente da República para cumprir o resto do atual mandato presidencial seria efetuada pelo Congresso no prazo de 2 dias da publicação do Ato Institucional.<br />
3) O presidente da República poderia remeter ao Congresso sugestões para a reforma da Constituição de 1946. Essas sugestões teriam que ser consideradas no prazo de 10 dias; as sugestões seriam consideradas aprovadas se recebessem a maioria absoluta de votos em ambas as casas nas duas sessões.<br />
4) O presidente poderia remeter ao Congresso leis sobre qualquer assunto, que teriam de ser consideradas no prazo de 30 dias pelos deputados e em prazo semelhante pelo Senado. Se as leis não fossem consideradas desse modo, seriam julgadas aprovadas. <br />
5) O direito de apresentar leis criando ou aumentando as despesas públicas ficaria reservado ao presidente. Nenhuma emenda do Congresso, aumentando as despesas propostas pelo presidente, seria permitida. <br />
6) O presidente poderia, em qualquer um dos exemplos previstos na Constituição, decretar o estado de sítio, ou prolongá-lo, por um prazo máximo de 30 dias.<br />
7) Todas as garantias de vitaliciedade e estabilidade, constitucional ou legal, estavam suspensas por seis meses; os titulares dos cargos poderiam, depois do inquérito sumário, ser (por decreto) demitidos, suspensos, aposentados ou transferidos para a reserva. Este artigo também atingia funcionários públicos. <br />
8) Investigações e processos legais com relação a crimes contra o Estado ou sua propriedade, bem como contra a ordem política e social, poderiam ser instaurados contra indivíduos ou coletivamente. <br />
9) Os comandantes-em-chefe poderiam suspender os direitos políticos por um prazo de 10 meses e anular mandatos legislativos (federais, estaduais e municipais) sem revisão judicial. Este direito passaria no prazo de 60 dias ao presidente, que agiria conforme as recomendações do Conselho de Segurança Nacional.<br />
10) O Ato Institucional permaneceria em vigor desde a data de sua assinatura até 31 de janeiro de 1966.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-4810867743492621252010-04-09T11:45:00.002-03:002011-08-12T13:40:32.692-03:00batalha de Jenipapo. A independência do Brasil no Piauí<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_8IuNZyD8-lvQZCn5aZI8g2m4k7Wp4NaxK4sHAwPXMWo3s3ymxBV45E8OTtzMNmst2CF2eftA-I1OQ6TUlMVvVyTwZkeHDrWeV2fZoIv7MZcJRZrZt7FsSLk-n5POqG4vbao9NfOessGr/s1600/batalha.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459315345159137938" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_8IuNZyD8-lvQZCn5aZI8g2m4k7Wp4NaxK4sHAwPXMWo3s3ymxBV45E8OTtzMNmst2CF2eftA-I1OQ6TUlMVvVyTwZkeHDrWeV2fZoIv7MZcJRZrZt7FsSLk-n5POqG4vbao9NfOessGr/s320/batalha.jpg" style="display: block; height: 240px; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; margin-right: auto; margin-top: 0px; text-align: center; width: 320px;" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: #f9f4ee; color: #333333; font-family: 'trebuchet ms', verdana, arial, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 18px;">"Pintor Artes Paz"</span></td></tr>
</tbody></table><br />
<style type="text/css">
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</style> <br />
<div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 130%;"><b> <br />
</b></span></div><div style="text-align: left;"> <title></title> <style type="text/css">
<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->
</style> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"></div><div class="western" style="font-weight: bold; margin-bottom: 0cm; margin-left: 5.08cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Campo Maior</span></div><div></div><div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="font-weight: bold; margin-bottom: 0cm; margin-left: 5.08cm; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No cemitério de batalhão os mortos do Jenipapo</span></div><div style="text-align: left;"></div><div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="font-weight: bold; margin-bottom: 0cm; margin-left: 5.08cm; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Não sofrem chuva nem sol; o telheiro os protege</span></div><div style="text-align: left;"></div><div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="font-weight: bold; margin-bottom: 0cm; margin-left: 5.08cm; text-align: left;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Asa imóvel na ruína campeira.</span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">(Carlos Drummond Andrade) </span></div><div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"></div><div class="western" style="font-weight: bold; margin-bottom: 0cm; margin-left: 5.08cm;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 5.08cm;"><br />
</div><div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: 130%;"><b>Introdução</b></span></div><br />
As margens do rio Ipiranga, quando D. Pedro I deu o grito de independência. Este foi meramente um ato simbólico, pois não houve conflito. Posteriormente, as rupturas com a coroa portuguesa começaram a ocorrer por toda à parte. <br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;">Foi às margens do rio Jenipapo na província de Campo Maior, no Piauí, que os portugueses desistiram de incorporar o Piauí à coroa portuguesa e conseqüentemente o Brasil foi consolidando as suas atuais dimensões.</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;">No primeiro capítulo apresentamos um panorama do quadro econômico -político mundial e suas influências na então América portuguesa, fazendo uma articulação com a formação da província do Piauí.</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;">No segundo capítulo, realizamos um debate historiográfico articulando conceitos de Estado com os ideais liberais do período. </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;">Já no terceiro capítulo resgatamos a batalha do Jenipapo, a luta da população próxima à província de Campo Maior que ajudados por tropas do Ceará, lutaram contra a dominação portuguesa. </div><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>1 Panorama Mundial as Vésperas da Independência do Brasil</b></span> <br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A partir da segunda metade do século XVIII, podemos perceber um período de transição e uma melhor estruturação das sociedades capitalistas e essa sua expansão promoveu uma reorganização, social política e econômica em todo o planeta.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote1sym" name="sdfootnote1anc"><sup>1</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nas sociedades do chamado Antigo Regime constatamos uma etapa de modificação e a acumulação de capital gerado pelas práticas mercantilistas burguesa ia declinando e com isso, acompanhamos a emersão de uma nova sociedade.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Já a partir do século XVIII, com a constante diminuição das práticas mercantilista, observamos a queda dos sistemas coloniais em que o amadurecimento dos interesses de algumas camadas sociais nas colônias provocariam uma série de revoltas na luta pela independência.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao analisarmos as conseqüências do processo de descolonização, observamos uma substituição de modelos de dominação, deixando de lado as antigas metrópoles emergindo assim, um esquema de dependência nos novos Estados Nacionais.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, constatamos que a independência não modificou o processo das antigas colônias, pois permaneceu o mesmo modelo agrário-exportador em que observamos a exportação de matéria-prima e a importação de produtos manufaturados.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No Brasil, esta continuidade está clara na substituição da exploração do português pelos ingleses e franceses.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Essa mudança das forças de dominação foi lentamente sendo inserida a partir do momento em que Portugal ia perdendo seu poder frente a novas potências capitalista na medida que elas ficavam cada vez mais industrializadas e necessitavam de novas áreas de expansão.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, observamos que as produções nas colônias iniciaram um processo de emancipação das metrópoles que não conseguiam a substituição do modelo do antigo regime e com isso, as antigas colônias passavam a ficar submissa há um mais dinâmico esquema de dominação.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Constatamos que os emergentes Estados Nacionais, cada vez mais industrializados, enxergavam uma barreira ao seu desenvolvimento nos antigos mecanismos de comercio, pois as metrópoles colonizadoras fixavam o preço dos produtos exportados e importados, dos fretes, dos seguros marítimos, das comissões de intermediação comercial e dos financiamentos.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Consideramos assim, que todo o processo de independência esteve articulado a dois movimentos. Um deslocamento dos espaços políticos existente entre metrópole e colônia e a consolidação de novos espaços preenchida pelas novas potencias industriais.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote2sym" name="sdfootnote2anc"><sup>2</sup></a></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao relacionarmos o processo de descolonização, a América portuguesa apresentou uma nítida diferença em relação à América espanhola. O território colonial português não sofreu uma nova divisão em áreas independentes, mas consolidou-se em um único império do Brasil.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Essa diferença é usada por alguns livros com o intuito de criar uma imagem idealizada de uma identidade nacional em que o Brasil não conhecendo o fracionamento, supostamente teria um processo de independência mais ordenado, pacífico e politicamente mais estável, chegando até mesmo ignorar os conflitos ocorridos.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote3sym" name="sdfootnote3anc"><sup>3</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Na América portuguesa, acreditamos que no resultado da descolonização houve um nítido contraste: unidade territorial e monarquia imperial. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A ocupação do reino de Portugal não significou o fim da monarquia, apesar da declaração de Napoleão nesse sentido, pois a fuga do rei salva-o de um cativeiro e preserva o estado, apesar da ocupação a vinda da corte para o Brasil, teve conseqüências capitais e imediatas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A dependência face à Inglaterra expressa no tratado de 1810, tivera para a colônia um aspecto positivo pelo acesso direto às mercadorias inglesas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, o rumo posterior à independência, seria marcado pela presença da corte, fazendo da monarquia e suas instituições, uma das peças essenciais ao futuro jogo político.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, a corte deixara de ser um distante poder sediado no ultramar. Alguns autores afirmam que sua instalação no Rio de Janeiro inverteu inteiramente a relação metrópole colônia. A política colonial e metropolitana, as alianças e relações externas passam a ser pensada, tramadas e decididas na colônia.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Na realização do desmantelamento das estruturas coloniais, por força das circunstancia com que se defronta, a coroa expunha-se a uma dupla pressão.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Analisamos primeiramente a pressão dos seus súditos coloniais, em que agora privilegiados pela transferência da corte, desejavam avançar no processo de desligamento da metrópole ou pelo menos conservar as vantagens adquiridas, evitando o retrocesso.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Outra pressão vinha por parte dos súditos metropolitanos que, no reino ou na colônia, continuavam ligados aos interesses colonizadores, como se apresentavam antes de 1808.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No centro desses interesses estava a monarquia absolutista portuguesa, até este período conseguindo preservar-se de todos os avanços constitucionalista que limitaram ou terminaram com todo o poder de outras monarquias mais poderosas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Dois movimentos liberais anunciavam para Portugal e a sua colônia que os novos tempos haviam chegado. Ambos acontecimentos ocorreram em 1817, uma insurreição de liberais na Bahia e a outra em Pernambuco, e foram duramente reprimidos com prisões e enforcamentos. Assim, o governo absolutista conseguia restabelecer o poder e na colônia evitava a separação do nordeste.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Salientamos que os acontecimentos nordestinos acelerados em pelas insurreições em 1817 não podem ser entendidos fora de seu contexto mais amplo: ambos constituíam a manifestação mais significativa que iriam marcar o período de transição entre o antigo sistema colonial português para os quadros de imperialismo das potencias mais industrializadas da época.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Faz-se necessário destacarmos também, na década que eclodiu as insurreições, a operação de forças externa, no sentido de acelerar ainda mais o processo de deterioração das relações entre aristocracia nativa e os antigos mercados coloniais.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Essas forças podiam ser pressentidas no Nordeste através da ação de agentes comerciais, militares ou consulares das três potencias mais ativas no período: Inglaterra, Estados Unidos e França.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Observamos que tal processo acompanhava a tentativa de integrar a economia brasileira ao mercado mundial.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, nessa segunda década, vemos a intensificação das potências da época para a internacionalização do Brasil, semelhante àquela que verificamos para o resto da América Latina.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Podemos observar que embora essas potências continuassem a competir uma com as outras, a dependência em relação à Inglaterra estava definida, através do tratado de 1810, onde o rei de Portugal D’ João VI assina um acordo de comércio com a Inglaterra em troca da proteção marítima na sua vinda para a colônia fugindo do exército napoleônico, quebrando assim o pacto colonial.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, o ensaio revolucionário brasileiro demonstrava um esforço descolonizador de uma camada dirigente nativa que procurou o auxílio da Inglaterra e dos Estados Unidos em sua tentativa de libertação do julgo português.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote4sym" name="sdfootnote4anc"><sup>4</sup></a></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, dentro do quadro do nascente imperialismo inglês, ligado a Revolução Industrial, é que podemos compreender a dinâmica de dois movimentos insurrecionais ocorridos no Nordeste em 1817: as velhas linhas legadas pelo monopólio comercial, não interessavam nem aos ingleses, nem aos representantes da grande lavoura e dos representantes de uma burguesia comercial nacional.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">É nesse sentido que observamos a convergência dos interesses da aristocracia agrária e dos agentes ingleses. A partir de então, a decorrência natural será a articulação entre a economia inglesa e os proprietários rurais brasileiros.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Podemos concluir que com os instrumentos elaborados após a transferência da corte, condição para a sobrevivência da política de Portugal, a Inglaterra conseguiria modelar o futuro da ex-colônia, tornando-a exemplo clássico de persistência no século XIX de áreas dependentes, especializadas na agricultura de exportação.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A utilização do negro como mão-de-obra escrava foi a fórmula encontrada pelos europeus para o aproveitamento das terras descobertas. A base da economia girava em torno da grande propriedade monocultora e escravista. Portanto, a escravidão e a grande lavoura constituíram a base sobre o qual se ergueu o sistema colonial que vigorou por mais de três séculos.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao inaugurar-se o século XIX, esse sistema colonial tradicional entrou em crise. A revolução industrial em pleno desenvolvimento na Europa, o avanço das idéias liberais e o processo de emancipação política das colônias da América alteraram profundamente o modelo tradicional.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, os novos grupos ligados ao capitalismo industrial que passaram a influenciar a política, condenaram a escravidão. A existência de uma grande massa de escravos parecia um entrave à expansão de mercados e a modernização dos métodos de produção. A partir de então o sistema escravista estava condenado.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote5sym" name="sdfootnote5anc"><sup>5</sup></a></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, observamos uma enorme contradição entre a política britânica e os interesses da grande lavoura. Na Inglaterra, o movimento antiescravista ganha grande importância enquanto que no Brasil, o escravo era de vital importância para a economia nas terras brasileiras.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com isso, chegamos à conclusão que a articulação econômica entre a aristocracia nativa e os interesses econômicos ingleses se deram de forma ora amigável, ora conflitante. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Movimentos insurrecionais atingiram uma grande parte do norte e nordeste das terras brasileiras. Os motins de 1821 que atingiram o Maranhão, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, bem como os levantes de 1822 no Pará, Rio Grande do Norte e em Pernambuco, criaram o ambiente para a proclamação da independência do Brasil e anunciaram a eclosão das guerras pela independência. Para os interesses metropolitanos, ligados diretamente com o comércio colonial, a situação era insustentável.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Instalada na colônia, a Coroa podia continuar existindo com relativa autonomia face ao território metropolitano, mas o mesmo não se dava com os grupos mercantis. Com a abertura dos portos a Inglaterra, os comerciantes portugueses ficaram a margem do fluxo comercial que até então controlavam com exclusividade.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em 1820, eclode na cidade do Porto um movimento liberal, a chamada Revolução do Porto, limitando o poder real e exigindo a restauração da antiga ordem do poder na colônia. Esta ultima exigência alargaria ainda mais fosso existente entre a metrópole portuguesa e o Brasil.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, o rei liberta os presos políticos de 1817 e jura fidelidade as bases da constituição ainda no Brasil. Fato significativo e revelador da importância da colônia, é que D. João VI volta para Portugal, mas seu filho, o herdeiro da coroa, aqui permanece.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A independência estava em curso, mas ainda não definida. Fracassada a tentativa de manutenção entre as duas partes do reino é na colônia que se dará o desfecho final no conflito que a opõe à metrópole.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Variados e opostos interesses mostrar-se-ão ativos nas lutas pela independência. Diversas forças sociais tentarão influir na formação do Estado Nacional, avançadas umas, reacionárias outras, segundo o segmento da população que representavam.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, vemos que a forma final que se revestiria o Estado ainda não estava definida, embora o papel do príncipe regente tendesse a ter um crescimento, principalmente quando ele decidiu ficar no Brasil contrariando as ordens de voltar para o reino.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Outro fato que consideramos de grande relevância na decisão de Dom Pedro, é que uma vez ele sendo o instrumento principal da independência, a monarquia ficava em um horizonte possível, tornando mais longínqua as idéias republicanas, presentes desde o século XVIII. A monarquia constitucional contaria ainda com a preferência das classes superiores, que nela viam a garantia da mudança dentro da ordem.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No quadro internacional, uma monarquia na América significava uma vantagem, ainda que fruto de uma rebelião contra uma coroa e uma metrópole européia.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No período em que ocorreu todo o processo de independência, ainda era difícil distinguir os diversos grupos sociais na estruturação do Brasil. Havia senhores brancos, latifundiários de um lado, escravos do outro e trabalhadores livres, mas sem posse de terra. A grande massa do povo se encontrava na dependência de um pequeno grupo de senhores que, durante a época imperial, viriam tornar-se a elite e a aristocracia.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote6sym" name="sdfootnote6anc"><sup>6</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A economia correspondia principalmente ao cultivo da cana-de-açúcar, e que aos poucos foi sendo introduzido o café. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Podemos ver ainda, que durante o período de independência, começaram os processos para a formação de uma classe media urbana, única apta a consolidar uma nação moderna, pois desse modo observamos o fortalecimento da unidade estatal e do poder monárquico.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O Brasil, seguindo o exemplo de outras partes da América, começou em 1817 a desenvolver os desejos da liberdade civil. Assim, após uma revolução burguesa na França, uma mudança nas colônias européias na América parecia ser inevitável.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Na eclosão da Revolução do Porto, como era moldado nas idéias liberais, o benefício seria útil ao Brasil, este então, declarou a união.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote7sym" name="sdfootnote7anc"><sup>7</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Porem, os brasileiros conheceram bem cedo que estavam enganados, pois o desprezo que mostrava a facção dominante em Lisboa por tudo quanto era do Brasil.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, o apoio que se dava a todos os atos arbitrários dos governadores que regiam no Brasil segundo a máxima de Lisboa, as expedições de tropas enviadas ao Brasil contra o desejo dos povos e dos representantes dessas cortes, as criações de juntas desligadas entre si, mostraram as intenções de Portugal, que chamando o Brasil de irmão, mas não havia fato que concordasse com as palavras.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, o Brasil começa a mostrar os ressentimentos nos escritos impressos e as facções dominantes em Lisboa começaram a responder com ameaças e começou a enviar mais tropas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Não poucas vezes o príncipe regente informou ao governo de Lisboa sobre a situação política do Brasil, em que descrevia claramente sentimento do povo, e daí prevenindo as conseqüências, mas seus ofícios ficavam sem resposta.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com isso, Portugal recorre cada vez mais às armas para fortalecer suas pretensões. O Brasil armou-se para defender-se.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Este fato fez com que o príncipe regente convocasse Conselho de Estado, composto por pessoas eleitas pelo povo. Daí expediu um decreto para a criação de uma Assembléia Constituinte e legislativa e finalmente declarou a independência do Brasil por um decreto de primeiro de agosto de 1822 e na mesma data o manifesto justificativo deste procedimento. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Este manifesto era dirigido ao povo do Brasil, mas depois seguiu a outras potências estrangeiras em seis de agosto.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com este manifesto, o governo traça uma linha de conduta e conseqüentemente a diretriz que o povo deveria seguir ou rejeitar, pois a partir deste manifesto ninguém poderia ficar neutro.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como resta pouca duvida em relação à alternativa que os brasileiros adotarão, pois havia na colônia um sentimento antilusitano e em relação aos aspectos econômicos, o comércio marítimo não precisava mais da intermediação de Portugal, uma declarada união de vontades no Brasil que se oporá contra as invasões e intrigas vindas de Portugal.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, no tocante às relações econômicas entre Brasil e Portugal, estas se encontram extintas. Quanto às relações políticas, os dois reinos acham-se unidos, pois reconhecem o mesmo rei e a coroa como descendentes, na dinastia da casa de Bragança.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote8sym" name="sdfootnote8anc"><sup>8</sup></a></span></sup></div><br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>1.1 A Formação da Província do Piauí</b></span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Durante o período colonial, diversos fatores contribuíram para que os povoamentos deixassem de se concentrar predominantemente no litoral e passasse a colonizar as terras do interior.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">É de grande relevância citarmos as barreiras naturais que dificultavam o acesso como Por exemplo à densidade da mata, mas podemos citar dois fatores que foram primordiais para o deslocamento de homens do litoral para o interior. Tais fatores foram à mineração e a dispersão das fazendas de gado.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote9sym" name="sdfootnote9anc"><sup>9</sup></a></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O avanço do rebanho bovino terá uma ênfase maior nesse estudo, pois foi a forma de expansão territorial da parte mais ao norte da América portuguesa.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, o avanço do rebanho bovino para o interior é o fator principal para o povoamento da área compreendida na província do Piauí, nosso principal objeto de estudo</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote10sym" name="sdfootnote10anc"><sup>10</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Diferentemente de como se deu à brusca dispersão mineradora, a penetração das fazendas de gado acontece de forma lenta e gradual. A Bahia é o principal foco dessa da dispersão e outra diferença em relação à expansão mineradora é que seu deslocamento muitas vezes se desliga de sua origem, e a expansão bovina mantém um vínculo com o seu ponto inicial.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em meados do século XVI, a criação de gado alcança o rio São Francisco e subido suas margens, tanto direita quanto esquerda, povoando todo o curso médio do rio. Transpostas para o norte, as fazendas penetram o que iriam se tornar à província do Piauí.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esta ocupação está longe de ser distribuída uniformemente. É uma ocupação muito irregular, em que as terras margeadas pelos rios eram onde se encontrava mais densamente colonizado.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote11sym" name="sdfootnote11anc"><sup>11</sup></a></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O território que será o Piauí era a área que tinha uma maior concentração bovina, pois com a perenidade dos seus rios e a área com pastos bons tornara-se ideal para a criação de gado.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em 1772 uma carta régia decreta a separação entre Grão-Pará e Maranhão, com isso é desfeito o estado criado no séc XVII. Assim, são criadas duas unidades territoriais integradas, Maranhão e Piauí, com sede em São Luis</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote12sym" name="sdfootnote12anc"><sup>12</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A parte administrativa ficava a cargo de Joaquim de Melo e Povoas por mostrar ser muito dinâmico na direção do Rio Negro.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Dos sete capitães-generais que lhe haviam sucedido, D. Francisco de Melo e Manuel da Câmara estava em exercício no período quando a coroa portuguesa chegou no Brasil. Acusado de ser simpatizante do jacobinismo francês sofreu várias sindicâncias até perder o cargo quando descumpriu as ordens da corte para manter a vigilância do litoral, para evitar um possível ataque surpresa dos franceses</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote13sym" name="sdfootnote13anc"><sup>13</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em 1811, o Piauí deixa de ser uma província subordinada ao maranhão, abandonando uma situação secundária, passando a ter uma autonomia provincial. Vitória conseguida através de Carlos César Murlamaqui, um bom militar sendo capitão da infantaria da legião de tropas ligeiras dos cavaleiros da ordem de cristo.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Excelente também na área administrativa, providenciando as defesas do litoral da capitania. Houve também um grande salto no setor econômico em que o algodão deixou de ser produzido para uso interno apenas, passando a ser exportado. Contudo, a criação de gado não deixou de ser a economia predominante na região.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O comércio era realizado com o Maranhão ou pelo Maranhão, pois o litoral estava infestado de ladrões dificultando com o comércio com a Europa.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A rivalidade ficava entre duas vilas: Parnaíba e Oeiras, sendo que esta segunda crescia mais do que a primeira, por isso, em 1812 a capital é transferida pêra Oeiras.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Neste período, Oeiras constava de ruas irregulares com casas em distribuição irregular, mas uma população de 14.074 pessoas. Parnaíba concentrava aproximadamente 6000 habitantes. O terceiro núcleo era Campo Maior com cerca de 13000 moradores.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em 1819, havia no Piauí uma população de 71.371 habitantes, sendo 11.671 brancos, 21.256 negros e 38.173 escravos mestiços.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote14sym" name="sdfootnote14anc"><sup>14</sup></a></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O engajamento político não era visível na província, pois o movimento de 1817 em Pernambuco não teve grande propagação nos cidadãos piauienses.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Parecia que os instrumentos coercivos tinham sido suficientes, impedindo a inserção da semente revolucionária. Porém o sucesso da revolução liberal na cidade do Porto em Portugal, no período em que o grito de liberdade da burguesia francesa começou a ecoar na Europa, provocou agitações nas províncias da América portuguesa e as decisões políticas tornaram-se mais violentas causando o espanto de todos.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim todas as províncias do norte e nordeste deram inicio aos movimentos separatistas esperando o momento favorável para expulsarem as tropas portuguesas, que ali guarnecem as capitais e unirem-se à liga brasileira. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O governo de Lisboa sabia muito bem disso, mas continuava a iludir o povo, como se contasse com a permanente posse daquelas províncias, pois até nas gazetas de Lisboa se tem publicado cartas, escritas por portugueses, residentes nas províncias em que diziam que havia muitos que aprovavam a independência e a união geral do Brasil.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com estas notícias publicadas em Lisboa, dissemos que o governo sabia que a dominação no Maranhão e no Pará está a expirar. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O sertão do Piauí, que negocia os gados somente com a Bahia e Pernambuco, é por isso ligado ao resto da confederação brasileira e com a capital não tem outros recursos, conseqüentemente seguirá o impulso da província.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote15sym" name="sdfootnote15anc"><sup>15</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>2 Um Debate Historiográfico</b></span> <br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em nossa discussão sobre o Estado, podemos começar com a célebre definição de Max Weber. Segundo este autor, o Estado detém o monopólio da violência legitima na sociedade</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote16sym" name="sdfootnote16anc"><sup>16</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esta idéia parece para nós um pouco simplista, porém bastante sedutora, pois em sociedades organizadas como a que vivemos, a violência privada é ilegítima. Portanto, a violência legítima só pode ser aplicada pela autoridade política central ou por aqueles que ela delega este direito.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, observamos que entre as várias sanções aplicadas à manutenção da ordem, a mais radical de todas, a força, só pode ser aplicada por uma instituição social específica claramente identificada, bem centralizada e disciplinada. Estas instituições ou o conjunto dessas instituições é o Estado. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao fazermos uma análise desse poder exercido pelo Estado, devemos tentar abstrair ao máximo todos os instrumentos coercitivos que nos cercam, evitando assim, uma reflexão contraditória ao aplicarmos um pensamento imposto a nós pelo Estado ao poder repressivo estatal.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para Pierre Bourdieu, sob todos os aspectos, o Estado aparece para nós como um poder de repressão legitimado pelas sociedades tanto civil quanto política e ao mesmo tempo, este poder tenta justificar sua perenidade através da violência física e simbólica, ou seja, o aparelho de regulação estatal pode ser entendido como uma ação consciente, mas que mascara uma outra inconsciente.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote17sym" name="sdfootnote17anc"><sup>17</sup></a></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em uma perspectiva homogeneizadora, a cultura aparece como instrumento principal de organização estatal, em que o intelectual ganha posição central na disseminação dos códigos culturais legitimando ou ilegitimando algum ato.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Sendo assim, até mesmo os movimentos dirigidos contra o Estado inconscientemente pedem a sua legitimação.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com isso, podemos compreender o Estado como um conjunto de instrumentos de poder tanto físico quanto simbólicos encontrados na sociedade.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, é através da violência simbólica que o Estado atua no inconsciente de determinados grupos sociais atingindo seus modos de pensar o mundo e conseqüentemente pensar o próprio Estado. Portanto, a construção do Estado caminha em paralelo com a construção de instrumentos de poder.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No Marxismo, a tendência é a de enxergar a solução do problema político não na subordinação da sociedade civil ao estado, mas o contrário, na absorção do estado pela parte da sociedade civil, na qual consiste a democracia verdadeira e cujo instituto fundamental tende a eliminar a diferença entre estado político e sociedade civil</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote18sym" name="sdfootnote18anc"><sup>18</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Marx confirma com precisão a dependência do estado da sociedade civil e do poder político da classe dominante, quando põe o problema da passagem do estado, em que a classe dominante é a burguesia, para o estado, em que a classe dominante é o proletariado. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ou seja, em nossa investigação sobre a constituição do Estado do início do século XIX, estamos propondo uma esquematização procurando coordenar esses conceitos buscando apresentar uma configuração estatal desse período. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Caracterizado pela transição das sociedades do Antigo Regime e o início do chamado Estado Moderno, podemos interpretar esse Estado como o organismo de transição, em que após a ascensão da burguesia ao poder, esta usa o poder simbólico para a perpetuação dos esquemas de dominação sobre a classe mais pobre. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><br />
</div><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>2.1 Liberalismo na França</b></span> <br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em nossa análise do quadro social brasileiro do início do século XIX, devemos nos reportar primeiramente à História e idéias da revolução de 1789 na França, pois suas conseqüências tiveram grande influência não só no Brasil, mas em toda Europa e América espanhola.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A Revolução Francesa derrubou uma ordem estabelecida durante séculos. Assim, a Queda da Bastilha, em 1789, destruiu um tipo específico de propriedade e a forma de Estado já consolidada, afirmando como sua base, a igualdade, liberdade e fraternidade.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, costumamos caracterizar a revolução francesa como uma revolução burguesa, mas burguesa foi a classe que dessa revolução emergiu.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Podemos constatar também que houve uma série de forças sociais empenhadas na destruição do regime absolutista monárquico e também na destruição dos resquícios modo de produção feudal.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Torna-se importante que nos detenhamos nas movimentações das massas nos campos a nas cidades que já promoviam grandes agitações mesmo antes de 1789. Assim, a grande revolução estava em marcha e nenhuma força tinha condições para detê-la naquelas circunstâncias históricas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A força da plebe fez cair o regime absolutista, mas podemos ver que aquele povo revolucionário não imaginava que a imediata instauração de um regime de igualdade e fraternidade era apenas um sonho.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com essa análise, podemos concluir que a liberdade, o entendimento entre os homens e uma nova era de fraternidade, enfim, todas as grandes idéias que formavam a consciência da revolução, acabaram reduzindo-se as liberdades burguesas, ou seja, liberdade político – formal e a igualdade somente jurídica entre os homens.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nesse sentido, interpretamos esse quadro político, essas idéias liberais francesas, articuladas a ascensão da classe burguesa, influenciaram todo o pensamento político do mundo moderno.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Vemos então, a inserção inaugural de um novo sistema político em que podemos descrevê-lo na lógica da oferta e da procura, como a desigual distribuição dos instrumentos de produção de uma representação do mundo político e social já formulada.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esses ideais liberais fundamentaram principalmente o campo político, em que a concorrência entre os grupos que estão nela envolvidos, o cidadão comum é reduzido meramente ao status de acolhedor dessas idéias que implementa de forma simbólica os ideais burgueses.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em síntese, podemos concluir que os ideais liberais do final do século XVIII e início do XIX não têm um sentido democrático como costumamos usar em nossos dias.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Investigando o que foi dito por Adam Smith em a </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Riqueza das Nações</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">, em que ele argumentava a doutrina liberal no sentido de </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros, mas para lucrar têm que vender produtos bons e baratos. O que, no fim, é ótimo para os consumidores. </span></span> </div><div align="justify" class="western" lang="pt-PT" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, já que o individualismo é bom para toda a sociedade, o ideal seria que as pessoas pudessem atender livremente a seus interesses individuais.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Para Adam Smith, o que atrapalhava os indivíduos, o que impedia a livre iniciativa comercial era a intervenção do Estado. Assim, ele defendia o estado mínimo, portanto o Estado deveria intervir o mínimo na economia, ou seja, os investimentos do comércio não poderiam ter nenhuma barreira reguladora do Estado.</span></span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote19sym" name="sdfootnote19anc"><sup>19</sup></a></span></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Outro grande filósofo e economista contemporâneo de Adam Smith que teve grande influência no pensamento liberal foi David Ricardo. A sua teoria das </span></span><span style="color: blue;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vantagens_comparativas"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><span style="text-decoration: none;">vantagens comparativas</span></span></span></span></a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"> constituiu a base essencial da teoria do </span></span><span style="color: blue;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_internacional"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><span style="text-decoration: none;">comércio internacional</span></span></span></span></a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">. </span></span> </div><div align="justify" class="western" lang="pt-PT" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ele demonstrou que duas nações podem beneficiar-se do comércio livre, mesmo que uma nação seja menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Portanto, David Ricardo defendia que nem a quantidade de </span></span><span style="color: blue;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><span style="text-decoration: none;">dinheiro</span></span></span></span></a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"> em um país nem o valor monetário desse dinheiro era o maior determinante para a riqueza de uma nação. </span></span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Segundo o autor, uma nação é rica em razão da abundância de mercadorias que contribuam para a comodidade e o </span></span><span style="color: blue;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bem-estar"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><span style="text-decoration: none;">bem-estar</span></span></span></span></a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"> de seus habitantes. Ao apresentar esta teoria, usou o comércio entre </span></span><span style="color: blue;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><span style="text-decoration: none;">Portugal</span></span></span></span></a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"> e </span></span><span style="color: blue;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterra"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><span style="text-decoration: none;">Inglaterra</span></span></span></span></a></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"> como exemplo demonstrativo.</span></span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote20sym" name="sdfootnote20anc"><sup>20</sup></a></span></span></sup></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Assim, podemos ver que ambos</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> não concluem meramente um tratado de economia, mas sim uma peça de um quebra-cabeça dentro de um sistema filosófico amplo que parte de uma teoria da natureza humana para uma concepção de organização política em que a burguesia iluminista necessitava de uma doutrina que propunha a propagação de ideais capitalistas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, toda essa doutrina liberal apareceu como justificação do sistema capitalista, em que ao defender a predominância da liberdade dos interesses individuais da sociedade, estabeleceram uma forma de organização social baseada na propriedade privada dos meios de produção, também denominada sociedades de classes. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, vemos entrando no Brasil uma grande e sucessiva importação de ideais e doutrinas liberais durante todo o final do século XVIII e início do XIX. Nesse período, a liberdade era o grande tema de discussão no espaço público, sobretudo com as medidas tomadas por D. João VI a partir do estabelecimento da Corte no Brasil.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para entendermos a inserção do pensamento liberal no norte brasileiro devemos nos reportar à ideologia. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Investida à sociedade, àqueles homens que eram pares e que tinham, na igualdade diante da lei, um dos fatores que poderiam justificá-la, que garantiam a vida e a propriedade. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nesse momento, podemos definir que esses direitos passaram a ser considerados inalienáveis e geraram o constitucionalismo com base nas experiências política francesa e norte-americana. A classe dominante enraizada no Brasil começou a entender a liberdade como fator de igualdade total com Portugal</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote21sym" name="sdfootnote21anc"><sup>21</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. Ou seja, dentro desse contexto e dos interesses econômicos, passaram a desejar que o então Reino do Brasil permanecesse autônomo e livre, mas em igualdade de condições e de direitos com a antiga Metrópole. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O liberalismo da década de 1820 não concebia o Brasil como uma entidade autônoma e associava os descontentamentos brasileiros ao despotismo do Antigo Regime e à sua forma de administrar o território americano, circunscrevendo-o ao âmbito político. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ao restabelecer a sua hegemonia sobre o império, tudo voltaria à normalidade e as terras brasileiras seriam tratadas com igualdade, como qualquer outra província do Reino. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com essas posturas, aproximavam-se do "patriotismo mercantil" existente em Portugal, na época. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, as propostas parlamentares tinham seus encantos para os negociantes da velha Metrópole, pois previam a retomada dos monopólios e consideravam o Brasil apenas mais uma província para onde se poderia enviar tropas que defendessem as suas consignações principalmente no Nordeste</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote22sym" name="sdfootnote22anc"><sup>22</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, o que estava em pauta era a discussão da liberdade entendida como autonomia.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Evidentemente, a anarquia e a desordem, contrárias à liberdade, também mobilizavam a todos. Os impressos destilavam lições de liberalismo e disputavam o que seria melhor, se a soberania da Nação ou a soberania popular.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, coube aos contemporâneos e as gerações posteriores embasarem a criação da Nação brasileira diferente da Nação portuguesa.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Podemos constatar a existência da busca na história passada de um nacionalismo que estava em desacordo e que sequer existia como conceito e realidade, procurando articular uma memória do país fundada nos acontecimentos e no heroísmo de homens tidos como homens de visão, mártires e patriarcas da independência</span><span style="color: red;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em suma, o conceito de nacionalismo na década de 20 do século XIX é diferente do nacionalismo contemporâneo. Existe uma metodologia aplicada a este conceito que leva-nos a perceber que um sentimento nacionalista entre os negros africanos e as classes menos favorecidas não existiu nos moldes como vemos este conceito hoje.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O nacionalismo é essencialmente, um princípio político que defende correspondência entre a unidade nacional e a unidade política.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O princípio nacionalista repudia o fato de os governantes de uma unidade política pertencerem a uma nação diferente da maioria dos governados. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Logo, por meio do debate das cortes depreendemos que, para as classes dominantes dos dois lados do hemisfério, a liberdade significava o direito de conservação da propriedade, fosse em âmbito privado ou no círculo mais ampliado do comércio internacional e dos direitos sociais e políticos estabelecidos. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Podemos ilustrar que nesta igualdade da liberdade, obviamente todos excluíam os escravos e libertos dos direitos de cidadãos. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A liberdade, conceito genérico, descia ao concreto das ruas e ao cotidiano de todos. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Devemos afirmar, que ninguém deve pensar que a discussão hipócrita sobre a liberdade, em um país majoritariamente escravista, não chegasse à população dita "de cor", fosse ela escrava ou forra. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mais ainda, chegava a todos os homens pobres, fossem eles também brancos e despossuídos, como eram parte dos imigrantes lusitanos que aqui chegavam em busca de oportunidades de conquistarem sua autonomia por meio do trabalho.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, observando-se os seus atos podemos afirmar que o fundamental para aqueles homens pobres e despossuídos, "brancos" ou "de cor", era obter diferentes ganhos, que iam de aspectos pessoais até vantagens sociais, econômicas e políticas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para os escravos, sem dúvida o maior dos benefícios era a alforria, para a qual muitos – mas nem todos – lutavam com todas as forças.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Se por um lado não devemos perder do horizonte que homens livres pobres, escravos e forros não tinham necessariamente a mesma interpretação dos direitos naturais que sacramentavam os pactos elaborados pela classe dominante. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Devemos também lembrar que o direito positivo que sacramentou a consolidação dos chamados direitos naturais em códigos, tornando-se fonte inequívoca de direitos e base para a construção de uma determinada cidadania, foi ganhando seu espaço ao longo do século XIX, derrotando outras formas de direito e de entendimento da política e da liberdade.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para os escravos, em um primeiro momento, o sonho da alforria pode ter embalado noites de sono. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os grandes proprietários reclamavam ter que obedecer ao decreto que os obrigava a fornecer 1/5 dos escravos que possuíssem para a guerra, ao passo que os escravos fugiam e se colocavam ao abrigo do comandante para fazer cumprir a lei</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote23sym" name="sdfootnote23anc"><sup>23</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Não o faziam, evidentemente por patriotismo, mas suas atitudes alimentavam o imaginário do medo da rebelião e causavam pesadelos e preocupação ao povo. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Reclamavam às autoridades sobre os seus direitos de propriedade, não desejando fornecer escravo algum, mesmo sob pena de acusação de não fidelidade à causa nacional. O povo e aliado nos alistamentos, nos combates externos e na construção das fortificações, era uma ameaça porque tentava abrir espaços e construir no cotidiano os caminhos para a liberdade.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, observamos que a política sobre a independência e sobre a liberdade, os escravos fizeram uma leitura própria dessas idéias e colocaram-na em prática.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Alguns autores sugerem que é na concepção de liberdade calcada no senso comum em que ao mesmo tempo, os escravos e a classe menos favorecida estariam buscando um maior enraizamento naquela sociedade que estava nascendo com a nova Nação e tentando conquistar um espaço no Estado em construção.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esta contextualização torna-se também um pouco fora da contextualização, pois para a constituição de um sentimento de nação, os homens têm que necessariamente partilharem a mesma cultura, a qual representa, um sistema de idéias e associações, bem como modos de comportamento e comunicação</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote24sym" name="sdfootnote24anc"><sup>24</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; text-indent: 1.91cm; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os homens pertencem à mesma nação se e só se reconhecerem como pertencentes a ela.</span><sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><a class="sdfootnoteanc" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote25sym" name="sdfootnote25anc"><sup>25</sup></a></span></sup><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. </span> </div><div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>3 Piauí em 1823</b></span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">As idéias liberais chegaram ao Brasil no século XVII e já começaram a ocorrer em algumas províncias o sentimento de emancipação em relação a coroa portuguesa com a chamada conjuração mineira de 1789, a inconfidência carioca de 1794, e a inconfidência baiana de 1798. Todas imbuídas em uma causa comum, ou seja, em torno das idéias liberais.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Esses acontecimentos não podem ser entendidos fora do seu contexto mais amplo. Constituíam as primeiras manifestações mais significativas de uma série de rebeliões que iriam marcar o trânsito do Brasil do antigo sistema colonial português para os quadros do imperialismo da potência mais industrializada da época. Os motins de 1821 que atingiram, Maranhão, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, criaram o ambiente para a proclamação da independência e anunciaram a eclosão das guerras de emancipação.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mesmo tendo negociado, a peso de ouro, a independência do Brasil, Portugal não escondia suas pretensões de permanecer dominando parte do território brasileiro, particularmente a região norte e meio – norte do Brasil. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Era anseio da coroa portuguesa ter sob seu domínio a província do Grão – Pará, englobando os atuais Estados do Piauí, Maranhão e Pará.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Todavia, a inquietação da população era grande. A vila de Campo Maior efervescia de ideais pró – independência. Oeiras não era diferente, mas Parnaíba deu o primeiro passo. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Alguns autores afirmam que o sentimento de nacionalidade tem início em 1808 com a chegada da família real ao Brasil. Não compactuamos com esta visão, pois basta lembrarmos que a coroa veio forçadamente para a colônia fugindo do exercito de Napoleão. Apoiados nas teses de Hobsbawm acreditamos que o sentimento de nacionalidade tinha uma característica regional, ou seja, o nacionalismo estava ligado mais com as províncias do que com a constituição do Brasil como um todo.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Na parte econômica, o Piauí era bem diferente do que vemos hoje. A atividade pecuária crescia em larga escala. Além da pecuária, o comércio de algodão era considerado o melhor do Brasil, o fumo e a cana – de – açúcar também eram comercializados.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em 1821, com a volta da coroa para Portugal, estes levaram todo o dinheiro dos cofres brasileiros, algumas províncias começaram a rebelar-se.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Por outro lado, as províncias do norte deviam irrestrita obediência e lealdade a Portugal. O Piauí compunha a nação portuguesa. Era uma espécie de Portugal em plena caatinga. Oeiras, a capital, era infestada de portugueses que queriam a todo o custo ficar com a parte mais rica do Brasil.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Dividido entre as pretensões dos liberais que desejavam a independência e os portugueses que tentavam permanecer com a política colonialista, D. Pedro I proclamou a independência do Brasil em sete de setembro de 1822. Apesar de proclamada a independência, esta não foi homogênea em toda a colônia. No Piauí a noticia chegou em trinta de setembro. A independência precisou ser conquistada no campo de batalha, com o conflito as margens do rio Jenipapo ocorrida meses depois, em março de 1823.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com a região sudeste da colônia tornando-se cada vez mais independente, Portugal volta-se para a parte mais rica da colônia, que era o norte. Para esta conquista definitiva, Portugal mandou um experiente militar para comandar as tropas portuguesas, o oficial João José da Cunha Fidié, que chegou a Oeiras no segundo semestre de 1822.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">As idéias revolucionárias desenvolvidas pelos piauienses vinham da França, do Estados Unidos e de Portugal. A classe dominante e pró – independência propagava os ideais liberais para a massa de portugueses pobres, com uma visão deturpada, fazendo-os crerem na certeza de que homens e mulheres nascem iguais e fazendo - os aderirem a causa da independência.</span></div><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b> <br />
<br />
3.1 Trajetória de Fidié</b></span> <br />
<div align="center" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" lang="pt-PT" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">João José da Cunha Fidié, iniciou sua vida militar como cadete em Janeiro de 1809 no regimento de infantaria n.º 10, tomou parte na guerra da península, participou das batalhas do Buçaco, Albuera, Vitória, Pirinéus, Nivelle, Nive, Orthez e Tolouse, aos sítios de Olivença e Badajoz, e a diversos combates e ações que ocorreram até ao fim da campanha. </span> </div><div align="justify" class="western" lang="pt-PT" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ofereceu-se depois para ir à divisão dos voluntários em Montevidéu, mas não foi admitido por ser tenente moderno. Em 1817 embarcou para o Brasil uma divisão portuguesa, e como o seu regimento não havia sido nomeado para essa expedição, trocou com um oficial de infantaria n.º 15, conseguindo assim partir para a América, onde serviu em 1817 e 1818. </span> </div><div align="justify" class="western" lang="pt-PT" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Foi ajudante de ordens do governador da ilha da Madeira em 1819 e 1820, sendo nomeado em Dezembro de 1821, governador das armas da província de Piauí. Voltando então de novo ao Brasil, tomou posse daquele cargo em Agosto de 1822. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Chamado pelas autoridades de Caxias, foi dirigir a defesa dessa vila, mas crescendo as forças dos revoltosos ao passo que as dos defensores iam diminuindo pelas privações e pelo desalento, a praça rendeu-se e Fidié foi preso e mandado oito meses depois entre uma escolta para a cidade de Oeiras. Transferido para a Bahia, passou ao Rio de Janeiro onde ficou encarcerado na fortaleza da Vila Ganhão, até que D. Pedro lhe deu liberdade, permitindo-lhe que regressasse a Portugal. Em 1825 foi nomeado primeiro comandante do Real Colégio Militar, e por vezes durante a ausência do diretor, ficou encarregado da direção deste estabelecimento até que, saindo de Lisboa e apresentando-se no Porto ao duque de Bragança, foi por ele nomeado subdiretor do arsenal daquela cidade. Regressando depois a Lisboa, foi diretor efetivo do Colégio Militar desde 1837 a 1848, ano</span></span><span lang="pt-PT"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">em que teve a sua exoneração, reformando-se em 1854 no posto de tenente-general. </span></span> </div><div align="justify" class="western" lang="pt-PT" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A vinda de Fidié para o Piauí, um oficial de alta patente e de grande honra em Portugal, com ordens expressas para atuar com energia e assim, a todo custo sufocar e reprimir o processo de independência revela a importância desta parte do Brasil para a coroa. </span> </div><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>3.2 Reconhecimento da Independência do Brasil no Piauí</b></span> <br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Liderados pelo Dr. João Candido de Deus e Silva, grande magistrado e autor de um dos primeiros ensaios sobre liberalismo no Brasil e mais tarde membro do parlamento imperial e juntamente com a maior fortuna do Piauí, Simplício Dias, em 19 de outubro de 1822 a câmara provincial de Parnaíba reconheceu a independência do Brasil. Era um convite a libertação e um não a presença militar portuguesa em terras piauienses.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Notamos que o ideal liberal interessava as elites, ou seja, os ex – escravos, os portugueses pobres, enfim, a classe mais baixa foi usada como massa de manobra acreditando na liberdade e igualdade entre os homens. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Apesar de um certo alinhamento às cortes portuguesas, os parnaibanos reconheciam a autoridade de D. Pedro de Alcântara, defensor perpétuo do Brasil. Campo Maior, também era um caldeirão de idéias libertadoras.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Com a declaração parnaibana de independência, não restou alternativa a tropas leais a Portugal comandadas por Fidié, senão sufocar militarmente o levante revolucionário no litoral e ao mesmo tempo ver como estava a situação em Campo Maior. A preocupação de Fidié era um foco de resistência portuguesa diante do sentimento antilusitano dos campo – maiorenses.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Corroborando com o boato de que Portugal queria ficar com a parte Norte do Brasil, os portugueses enviaram uma enorme quantidade de armas por volta de 1820, além da vinda de Fidié a Oeiras como governador das armas.</span></div><div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>3.3 Tropas Portuguesas a Caminho de Parnaíba</b></span></div><div align="center" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Quando Fidié soube da proclamação feita pela câmara de Parnaíba, estreitando os laços com o império brasileiro, decidiu formar uma força expedicionária com quase todo o seu efetivo militar em direção a Parnaíba, objetivando suprimir os insurgentes e frear a onda libertadora na região.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Para os padrões da época, o caminho de Oeiras para Parnaíba era muito extenso, cerca de 660 quilômetros.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Após onze dias de marcha Fidié chega em Campo Maior, e é recebido por parte da população com o característico sentimento antilusitano, mas por uma parte da população foi recebido com vivas e para demonstrar sua força, Fidié permanece por ali acampado por alguns dias.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em Parnaíba, os independentes fogem para o Ceará ao saber da incursão de Fidié e quando este chega não encontra nenhuma resistência e restabelece a dominação portuguesa ficando por ali aproximadamente dois meses.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Enquanto as tropas de Fidié restabelecem o poder português em Parnaíba, em Oeiras esperavam a sua saída para proclamarem sua adesão a causa de independência, fato ocorrido em janeiro de 1823.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Declarando todo povo piauiense como inimigo efetivo de Portugal, um destacamento de mil e cem homens partem de volta para Oeiras com uma parada em Campo Maior. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Tropas vindas do Ceará chegam em Campo Maior em fevereiro de 1823 com um efetivo de cem praças objetivando ajudar a libertação do Piauí.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Essa tropa estacionada em Campo Maior, reuniu pessoas da província como a vila de Pirarucuca em que em sua passagem, o exército português encontra uma cidade abandonada. Ao saber do deslocamento de Fidié vindo de Parnaíba, a cidade inteira se mobilizou.</span></div><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>3.4 A Guerra de Jenipapo</b></span> <br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Na noite de doze de março de 1823, as tropas cearenses arregimentaram todos os homens das vilas vizinhas montando um exército de aproximadamente dois mil homens e formando assim, um pacto de todos para a luta.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mesmo sem fardas, a coligação dos combatentes cearenses e piauienses obedeceu ao sinal de comando, suas armas eram espadas velhas, machados, foices e algumas espingardas usadas. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A coalizão dos independentes chegam as margens do rio Jenipapo, de onde pretendiam impedir a passagem do exército português, porém, além de estarem praticamente desarmados, alguns tinham pouca e outros nenhuma experiência em guerras.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como no mês de março o rio fica quase seco, a maioria dos soldados aferraram em seu leito. Quando as tropas portuguesas próximas a uma bifurcação, o comandante Fidié ordenou que a tropa fosse dividida e que cada uma passaria por uma estrada. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">No momento que as tropas portuguesas chegaram próximas ao rio, estas foram atacadas inesperadamente e acabaram recuando e ouvindo os tiros, todos os insurretos saíram de suas posições e foram perseguindo os portugueses pela estrada.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O comandante Fidié, percebendo o vazio deixado pelos portugueses, passou rapidamente o grosso da tropa para o outro lado do rio, escolheu um local favorável, cavou trincheiras, distribuiu armamento pesado, colocou em linha todos os seus atiradores e esperou o retorno dos brasileiros.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O saldo foi de duzentos brasileiros mortos e aproximadamente quinhentos feridos. No lado português sabe – se apenas que os mortos foram enterrados em cinco covas.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O maior mérito desta batalha foi sem dúvida o redirecionamento que o exército português tomou, pois extremamente cansados e com pouca comida, ao invés deles seguirem para a capital Oeiras e tentarem sufocar a adoção à independência por lá, foram para Caxias, no Maranhão, onde a força portuguesa ainda era grande e seu exército podia ser recebido com flores e não com facas e foices e poderem reorganizar-se.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, a batalha de Jenipapo consolidou – se como a batalha mais sangrenta no processo de lutas pela independência do Brasil. Portanto, considerando que o grito as margens do Rio Ipiranga foi meramente um ato simbólico, este conflito entre portugueses e brasileiros as margens do Rio Jenipapo teve importância fundamental para a consolidação do território nacional e não ocorrendo o desmantelamento ocorrido na América espanhola.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A derrota não desanimou os que queriam a independência, eles se recompuseram e pediram auxilio ao general Labatut, em operação na Bahia.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Alguns homens da força expedicionária cearense que combateram em Campo Maior vão posteriormente penetrar novamente no Piauí,visando não mais esta, que já era uma província imperial, mas a província vizinha que se constituíra o centro das operações contra a idéia de independência. </span> </div><br />
<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>3.5 Pensamento dos Piauienses no Processo de Independência</b></span></div><br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Sabemos, em perspectiva teórica, após Marx, que não podemos compreender com clareza as formas de pensamento enquanto não descobrirmos as suas origens sociais. Por outro lado, podemos interpretar a sociedade nordestina da década de vinte do século XIX, como uma sociedade escravista e nesse sentido, esta sociedade guarda algumas características básicas. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Portanto, não é correto aplicarmos para a compreensão dos conflitos pela independência e das formas de pensamento emergentes um esquema explicativo do tipo luta de classes, pois a sociedade não era de classes.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Valendo – se da compreensão do universo rústico da população piauiense, procuramos indicar as interferências dos valores liberais europeus na província do Piauí, que deram origem a avaliações ideológicas, tomamos como base as áreas que ocorreram insurreições de cunho liberal no Brasil ainda atrelado a Portugal.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Assim, a convergência para um objetivo comum, a separação de Portugal, apesar de partes especificas de determinados grupos sociais estarem imbuídos de um mesmo objetivo, eles tem um pensamento diferenciado acerca do que seria liberdade e igualdade em uma província independente de Portugal.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Nesse sentido, podemos perceber que a elite era permeada pelos ideais liberais e seus valores na questão meramente econômica.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O caráter popular, portugueses pobres e caboclos, dos que desejavam a independência era representado pelo sentimento que podemos denominar de lusofobia, ou seja, repúdio de tudo o que vem de Portugal. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"></div><div align="center" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"></div><div align="center" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>3.6 Os Insurretos e a Independência </b></span> </div><br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em um oficio enviado pelo então coronel comandante da armas do Piauí, Joaquim de Souza Martins, ao comandante das armas do Ceará referindo-se aos acontecimentos políticos que se deram na província, este descreve a bravura do comandante das tropas insurrecionais, Luiz Rodrigues Chaves na batalha do Jenipapo e que nas ações de combate, Fidié torna-se vitorioso.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ou seja, o comandante Luiz Rodrigues Chaves perdeu apenas pela inferioridade do seu exército e foi um homem de grande honra e que por isso, o governador das armas do Piauí faz um pedido para que Luiz Rodrigues Chaves torne-se governador das armas do Ceará.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em uma carta do sargento – mor Manuel Lopes Teixeira do Regimento número da infantaria de milícias da província do Piauí, também participante da batalha de Jenipapo, este observa que no combate de Campo Maior, o capitão Luiz Rodrigues Chaves, da província do Ceará, no meio do combate, saiu do seu posto fugindo vergonhosamente e com isso, incentivou o processo de desordem e debandamento da tropa.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"> <title></title> <style type="text/css">
<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->
</style> </div><div align="center" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Conclusão</b></span></div><div align="center" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Através do regate histórico da guerra às margens de rio Jenipapo, podemos constatar que processo de independência não foi um ato pacífico em que um mero grito libertou o Brasil da dominação portuguesa e tornou-o livre.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">A independência foi conquistada com o sangue dos primeiros brasileiros aqui instalados e que não aceitavam mais as ordens da coroa portuguesa.</span></div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">De fato, a articulação do sentimento antilusitano com a influência da elite liberal ocorreu, mas se não fosse a bravura homens que se uniram e lutaram pelo seu pedaço de terra e sua província, o caminho para o território nacional seria uma partilha semelhante a América espanhola. </span> </div><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 1.91cm;"><br />
</div>Representação ao governo da Bahia, informando estar a província do Piauí quase toda pacificada e organizada, menos a Vila da Parnaíba, onde ainda resistem a nossa independência alguns portugueses comandados pelo major João José da Cunha Fidié. <br />
<div align="center" class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Requerimento encaminhado ao Ministerio do Imperio, solicitando nomeaçao como secretario da provincia de Sergipe del Rei ou do Piaui.</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Documentos referentes ao pedido de transferência da sede do governo da província, de Oeiras para a Vila da Parnaíba.</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Ofício a Joao Vieira de Carvalho, referindo-se aos acontecimentos políticos do Piauí</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Ofício remetendo ao governo imperial as contas da câmara e comandante geral da vila de Caxias, relativas ao procedimento do governo expedicionário e tropas auxiliadoras das províncias do Ceará e Piauí, estacionadas na mesma vila, contas pelas quais se vê o estado de miséria a que se reduziu a cultura da província.</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Requerimento encaminhado ao Ministério do Império, solicitando autorizaçao para ir a Inglaterra pleitar ajura em barcos e [honuns], a fim conter as revoltas no Maranhao e Piaui.</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Proclamação do juiz de paz da Vila de Parnaíba, alertando o povo, que não comparece à igreja, nem às festas religiosas.</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"><br />
</div>Ernest Geliner. Nações e nacionalismo. Editora Gradiva <br />
<div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;">NETO, Adriano. <i>13 de março: uma data injustiçada</i>, <span style="color: blue;"><u><a href="http://www.cadernos/">www.cadernos</a></u></span> históricos monsenhor Chaves, 2004.</div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;">LAURENTINO, Pedro. <i>Os anônimos heróis do Jenipapo</i>. Jornal A VERDADE, 70, 2006.</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;">PRADO JUNIOR,Caio. Formação do Brasil contemporâneo, Brasiliense, São Paulo. 23º ed. 1994.</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;">CARDOSO, Fernando Henrique. O Brasil Monárquico V. 2: dispersão e unidade. Bertrand Brasil. 8ºed. Rio de Janeiro. 2004.</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;">MONTEIRO,Tobias. História do Império: a elaboração da independência 2º Tomo II. Instituto Nacional do Livro. 1972.</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;">TAVARES, Luis Henrique Dias. A independência do Brasil na Bahia. 2º ed. Rio de Janeiro. Instituto Nacional do Livro. 1982</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0cm; margin-left: 0.95cm;"> <title></title> <style type="text/css">
<!-- @page { margin: 2cm } P.sdfootnote-western { margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-cjk { margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P.sdfootnote-ctl { margin-bottom: 0cm; font-size: 10pt } P { margin-bottom: 0.21cm } A:link { color: #0000ff } -->
</style> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Bordieu, Pierre. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Razões práticas sobre a teoria da ação</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. Editora Papirus. 1991. </span> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="sdfootnote-western"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Carta enviada ao governo do Ceará pelo Sargento – mor Manuel Lopes Teixeira. </span></span> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="sdfootnote-western"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Castro, Francisco. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;"><b>A Guerra Jenipapo: a independência do Piauí</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">. São Paulo. FTD. 2002. </span></span> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><br />
</div><div class="sdfootnote-western"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Costa, Emília Viotti da. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;"><i><b>Brasil Monárquico: Reações e transações</b></i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">. (in). Sergio Buarque de Hollanda. (org). Rio de Janeiro. Editora: Bertrand Brasil. 1997.</span></span></div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ferreira, Arthur César: </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>Maranhão e Piauí</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">.(IN). Sérgio Buarque de Hollanda.(org). Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2004. </span> </div><div class="sdfootnote-western"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Geliner, Ernest. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;"><b>Nações e nacionalismo</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">. Editora Gradiva. </span></span> </div><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Júnior, Caio Prado. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;"><b>Formação do Brasil Conteporâneo</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">. São Paulo. Editora Brasiliense, 1994. </span></span><br />
<div class="sdfootnote-western"></div><div class="sdfootnote-western"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Marx e Engels. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;"><b>Manifesto do partido comunista</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">. Editora Martin Claret. </span></span> </div><div class="sdfootnote-western"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Mota, Carlos Guilherme. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;"><b>Nordeste 1817: estruturas e argumentos</b></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">. São Paulo. Perspectiva. 1972. </span></span> </div><div class="western" style="margin-bottom: 0cm;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Representação ao governo da Bahia, informando estar a província do Piauí quase toda pacificada e organizada, menos a Vila da Parnaíba, onde ainda resistem a nossa independência alguns portugueses comandados pelo major João José da Cunha Fidié.</span></div><div class="sdfootnote-western"><br />
</div><div class="sdfootnote-western"><br />
</div><div align="justify" class="western" style="margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; widows: 0;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ribeiro, Gladys Sabina. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><b>O desejo da liberdade e a participação de homens livres pobres e "de cor" na Independência do Brasil</b></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Departamento de História da Universidade Federal Fluminense.</span></div><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">Sobrinho, Barbosa lima. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;"><i><b>Antologia do Correio Braziliense</b></i></span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 100%;">. Rio de Janeiro: Editora Cátedra, 1977. </span></span><br />
<div class="sdfootnote-western"></div><div class="sdfootnote-western"><br />
</div><div id="sdfootnote1"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote1anc" name="sdfootnote1sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Francisco José Calazans Falcon. Formação do mundo contemporâneo. Página. 23. </span> </div></div><div id="sdfootnote2"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote2anc" name="sdfootnote2sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Denis Bernardes. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Um Império entre Repúblicas</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. São Paulo: Editora Global, 1997. Página 19.</span></div><div class="sdfootnote-western"><br />
</div></div><div id="sdfootnote3"><div class="sdfootnote-western"><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Idem. Página. 21</span></div></div><div id="sdfootnote4"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote4anc" name="sdfootnote4sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Carlos Guilherme Mota. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Nordeste 1817: Estrutura e Argumentos</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. São Paulo: Editora Perspectiva, 1972. Página. 31.</span></div></div><div id="sdfootnote5"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote5anc" name="sdfootnote5sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Emilia Viotti da Costa. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Brasil Monárquico: Reações e transações</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="es-ES">(in). Sergio Buarque de Hollanda. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">(org). Rio de Janeiro. Editora: Bertrand Brasil. 1997. Página: 136.</span><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote6anc" name="sdfootnote6sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Idem. Página: 221. </span> </div></div><div id="sdfootnote7"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote7anc" name="sdfootnote7sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Barbosa Lima Sobrinho. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Antologia do Correio Braziliense</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. Rio de Janeiro: Editora Cátedra, 1977. Página 568.</span></div></div><div id="sdfootnote8"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote8anc" name="sdfootnote8sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Ídem. Página. 574.</span></span></div><div class="sdfootnote-western" lang="pt-PT"></div></div><div id="sdfootnote9"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote9anc" name="sdfootnote9sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Caio Prado Júnior. Formação do Brasil Conteporãneo. São Paulo. Editora Brasiliense, 1994. Página 56. </span> </div></div><div id="sdfootnote10"><div class="sdfootnote-western"><br />
<a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote10anc" name="sdfootnote10sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Ídem. Página 58. </span> </div></div><div id="sdfootnote11"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote11anc" name="sdfootnote11sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Ídem. Página. 58.</span></div></div><div id="sdfootnote12"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote12anc" name="sdfootnote12sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Arthur César Ferreira: Maranhão e Piauí.(IN). Sérgio Buarque de Hollanda.(org). Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2004. Página 141.</span></div></div><div id="sdfootnote13"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote13anc" name="sdfootnote13sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Idem Página 142.</span></div></div><div id="sdfootnote14"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote14anc" name="sdfootnote14sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Idem Página 144. </span> </div></div><div id="sdfootnote15"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote15anc" name="sdfootnote15sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Barbosa Lima Sobrinho. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><i>Antologia do Correio Braziliense</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">. Rio de Janeiro: Editora Cátedra, 1977. Página 637</span>.</div></div><div id="sdfootnote16"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote16anc" name="sdfootnote16sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Ernest Geliner. Nações e nacionalismo. Editora Gradiva. Página 12.</span></div></div><div id="sdfootnote17"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote17anc" name="sdfootnote17sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Pierre Bordieu. Razões práticas sobre a teoria da ação. Editora Papirus. 1991. Página 97.</span></div></div><div id="sdfootnote18"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote18anc" name="sdfootnote18sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Marx e Engels. Manifesto do partido comunista. Editora Martin Claret. Página 139</span>.</div></div><div id="sdfootnote19"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote19anc" name="sdfootnote19sym"></a></div></div><div id="sdfootnote20"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote20anc" name="sdfootnote20sym"></a></div></div><div id="sdfootnote21"><div align="justify" class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm; orphans: 0; widows: 0;"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote21anc" name="sdfootnote21sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 85%;">Gladys Sabina Ribeiro, O desejo da liberdade e a participação de homens livres pobres e "de cor" na Independência do Brasil. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: 85%;">Departamento de História da Universidade Federal Fluminense</span></span></div><div class="sdfootnote-western"><br />
</div></div><div id="sdfootnote22"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote22anc" name="sdfootnote22sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> Idem.</span></div></div><div id="sdfootnote23"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote23anc" name="sdfootnote23sym"></a><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> </span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span lang="pt-PT">Idem.</span></span></div></div><div id="sdfootnote24"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote24anc" name="sdfootnote24sym"></a> Ernest Geliner. Nações e nacionalismo. Editora Gradiva. Página 14.</div></div><div id="sdfootnote25"><div class="sdfootnote-western"><a class="sdfootnotesym" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=7981050590799135351&postID=481086774349262125#sdfootnote25anc" name="sdfootnote25sym"></a> Idem. Página 14.</div></div>Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7981050590799135351.post-76046178730522736132010-04-09T11:40:00.002-03:002010-05-18T15:07:33.628-03:00A revolução russaA Revolução Russa<br />
E. H. CARR<br />
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<br />
<div style="text-align: justify;">Entre os anos de 1905 e 1921, a Rússia viveu uma série de revoluções sem exemplos na história da humanidade. Ela inaugura uma nova fase da história das relações sociais em que acredito ser a abertura do século XX e suas relações antagônicas foi o mais extenso embate do século em todos os seus níveis sociais. <br />
Na Rússia pré-revolucionária existia uma cultura milenar baseada em uma sociedade agrária costurada com suas tradições religiosas pairando a figura do Czar, venerado como um Deus na terra.<br />
Ao longo dos séculos XVIII e XIX, a Rússia anexa diversos territórios. Em uma sociedade multicultural em constante movimento, o império Russo se vê obrigado a entrar no processo de revolução industrial nos padrões europeu e ao mesmo tempo em que se dá inicio a formação de uma nova classe, os operários, estes unidos aos camponeses começaram a organizar-se.<br />
O ano de 1905 é marcado por uma série de passeatas sustentadas teoricamente por duas vertentes: uma baseada na nacionalização e distribuição da terra e a outra tinha na teoria Marxista a sua sustentação.<br />
São Petersburgo foi a capital da primeira revolução onde durante uma pacífica passeata, as forças estatais abriram fogo contra os manifestantes gerando muitas revoltas no que ficou conhecido como domingo sangrento. Após uma série de revoltas o governo Czarista conseguiu contornar todas as situações adversas convocando eleições parlamentares. Porem, a Duma não surtiu o efeito desejado.<br />
O campo para os camponeses e as fábricas para os operários eram as propostas pretendidas pela massa e como isso não ocorria, uma radicalização das tensões teve inicio.<br />
A radicalização dos movimentos insurrecionais agravados pelo envio de soldados para o front da primeira guerra mundial derruba o governo Czarista e a dinastia dos Romanov formando um governo de transição.<br />
<br />
<br />
I – Dualidade de poder<br />
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Graças à primeira guerra mundial houve uma implosão do governo Czarista e conseqüentemente a condução da revolução russa de 1917.<br />
Inutilmente Nicolau II tenta retornar a Petrogrado mas, foi impedido pelos soldados amotinados e assim, acabou abdicando.<br />
Desse modo, na Rússia passou a existir uma república dirigida por burgueses e nobre liberais.<br />
O que Carr chamou de dualidade de poder foi uma clara contradição entre o que a sociedade exigia e a disposição do governo provisório estabelecido pela Duma.<br />
<br />
<br />
II - As teses de abril e o caráter da redefinição da revolução para Lênin.<br />
<br />
<br />
Quase noventa anos passara-se e nesse período diversas teorias foram surgindo, mas é consensual afirmar que Lênin foi o chefe inspirador e organizador da revolução de outubro, ou seja, o responsável pela condução da revolução proletária.<br />
Por isso, todos os artigos escritos por Lênin estão impregnados de uma máxima confiança na vitória das massas populares.<br />
Lênin tinha uma grande capacidade de abstrair a realidade e um intenso contato com as classes populares, assim, ele conseguiu redirecionar a revolução em suas teses de abril em que os camponeses e proletários não deviam deixar a revolução de fevereiro transformar-se em uma revolução burguesa, mas esta deveria ser uma revolução que marcaria uma transição e que chegava o momento das camadas populares assumirem o controle da revolução conduzindo a sociedade ao socialismo. <br />
<br />
</div>Fonte:<br />
REVOLUÇÃO RUSSA DE LÊNIN A STALIN (1917 - 1929)<br />
Autor: E. H. CARRUnknownnoreply@blogger.com0