sexta-feira, 12 de março de 2010

Os intelectuais, por Jean François Sirinelli

O capítulo da obra organizada por Rene Remond, Por uma história política, Sirinelli discorre acerca de um campo político ainda pouco estudado, que são os intelectuais, mas deixa claro que é uma ausência de olhar e não de descrédito.
Primeiramente, o autor analisa os motivos da ausência do olhar para essa área e descobre alguns ítens importantes. Como estudar os intelectuais significa estudar história política, e este estava em ostracismo, os estudos sobre os intelectuais também foi deixado de lado.
Outro aspecto analisado pelo autor, reside no fato de durante muito tempo o grupo de intelectuais ter um tamanho reduzido e a historiografía recente ter experimentado um entusiasmo pelas massas.
Sirinelli também critica o amalgama ocorrido entre a história dos intelectuais e a história das ideias políticas, o que foi nefasto para o estudo sobre os intelectuais.
Com isso, o estudo sobre os intelectuais significa mais um nascimento do que um renascimento e o que provocou seu nascimento foi o retorno as pesquisas sobre história política.
Sirinelli define o intelectual como duas ascepções: uma ampla e sociocultural e outra mais estreita, baseada na noção de enganjamento.
O texto ainda cita algumas dificuldades para o estudo dos intelectuais como uma categoria com contornos mutáveis e a abundância de documentos também constitui um obstáculo extra.
Em como as idéias vem aos intelectuais, o autor aponta para dois tipos de intelectuais, os de direita e os de esquerda, sem, contudo, perder o foco nas especificidades.
Por isso, ele afirma que as ideias não andam nuas pelas ruas, que elas são levadas por homens e que eles próprios pertencem a conjuntos sociais.
Nas ultimas páginas do texto, o autor afirma que o historiador dos intelectuais devem relativizar todas as ações do objeto, procurando se livrar de pré-julgamentos.
Finalizando o texto, Sirinelli escreve que a abordagem do historiados dos intelectuais deve ser realizada em três níveis: das ideologias, da cultura política e das mentalidades coletivas.

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