O projeto de luta armada para chegar ao poder é anterior ao golpe civil – militar de 1964. Porém, foi a partir do ato institucional n° 5 que a opção pela luta armada tornou - se a única alternativa de luta contra a ditadura militar. Apesar de haver dezenas de siglas e ideologias diferentes, grande parte das organizações da luta armada tinha em comum o leninismo, ou seja, acreditavam na inevitabilidade da revolução socialista.
Desse modo a consolidação da linha dura através do ato institucional n° 5 desmobilizou o movimento das massas e os partidos que ainda não tinham aderido à luta armada teriam que adotar. Dos grupos de esquerda revolucionária, podemos destacar a Ação Libertadora Nacional (ALN) e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Acreditava - se que a enorme contradição das classes sociais existentes no Brasil levaria inevitavelmente ao socialismo. O que faltava era um grupo de intelectuais que estivessem à frente, na condução da sociedade objetivando o fim das desigualdades sociais.
Grande influência para a disseminação das idéias da esquerda foi o contexto internacional. As vitórias das revoluções cubana e argelina, a guerra travada pelo Vietnã contra os Estados Unidos e a revolução cultural chinesa impressionaram tremendamente a juventude politizada dos anos 601.
A vitória da revolução cubana também fez com que a teoria do foco guerrilheiro tivesse grande penetração na esquerda brasileira. Esta teoria consistia em estabelecer focos de guerrilha urbana e rural, desencadeados pelos chamados grupos de vanguarda. Esta corrente acreditava que os focos criados pelas chamadas vanguardas revolucionárias teriam condições de conquistar o apoio popular diante do suposto descontentamento com o regime militar implantado para manter a desigualdade social no país2.
Desse modo, podemos entender a luta armada como uma estratégia política fora dos padrões tolerados pelo contrato social vigente3.
A primeira reação armada ao golpe foi no sul com o ex – coronel do exército Jefferson Cardim. Grupos que estavam no exílio em Montevidéu somados ao chamado nacionalismo pequeno burguês, liderados pelo ex – governador gaúcho Leonel Brizola apoiaram a ação. Porém, a coluna guerrilheira participou de apenas três combates, sendo derrotada e seus integrantes condenados.
Mas foi a partir dessa ação que o grupo exilado em Montevidéu e os partidários do nacionalismo brizolista que surgiu o Movimento Nacional Revolucionário (MNR)4.
Desse modo, a reação armada no sul e o fortalecimento do movimento revolucionário chamaram a atenção do governo cubano no sentido de inseri-la na estratégia de revolução continental.
Após a desmobilização das ligas camponesas, as atenções cubanas voltam - se para Brizola e o MNR. O apoio acontecia na forma de treinamento guerrilheiro e em dinheiro5.
Assim, no estilo da guerrilha cubana, começou a formação de um foco guerrilheiro na serra de Caparaó. Situada na divisa da Bahia com o Espírito Santo, Caparaó reunia uma série de condições necessárias para o desenvolvimento da guerrilha rural. Já em 1966, 14 guerrilheiros chegaram à região, sendo que alguns haviam passado pelo treinamento guerrilheiro em Cuba.
A chegada dos guerrilheiros à Serra de Caparaó - outubro - coincidiu com a ida de Che para a Bolívia, em 19 de outubro de 1966 (entrou no país em 7 de novembro). O grupo de guerrilheiros preparados para implantar a guerrilha, que sublevaria o continente, partiu em grupos até dezembro. A escolha da Bolívia foi feita em março de 1964, por Guevara. Até dezembro de 1967 a luta armada irromperia em vários países da América Latina, inclusive no Brasil6.
Porém a aventura revolucionária, tanto a de Che na Bolívia quanto em Caparaó, durou apenas alguns meses. Logo aqueles homens embrenhados na mata chamaram a atenção da polícia e o receio da população local. Com isso, o fracasso de Caparaó decepcionou os cubanos e puseram fim às relações com Brizola7.
Já a partir de 1967, o governo cubano resolve apoiar o ex-integrante de PCB Carlos Marighela no projeto de revolução socialista no Brasil. Esse apoio foi concretizado na forma de treinamento guerrilheiro para os militantes das organizações de vanguarda armada8.
De acordo com fontes orais, os jovens de classe média tinham grande dificuldade de suportar os treinamentos físicos, enquanto que os ex-militares brasileiros tinham mais facilidade9.
De qualquer forma, o ato institucional n° 5 endureceu o regime e entre 1969 e 1972, ocorreram diversas ações de guerrilha urbana. Entre 1972 e 1975 foi identificado e destruído o foco guerrilheiro na região do Araguaia10.
Desse modo a consolidação da linha dura através do ato institucional n° 5 desmobilizou o movimento das massas e os partidos que ainda não tinham aderido à luta armada teriam que adotar. Dos grupos de esquerda revolucionária, podemos destacar a Ação Libertadora Nacional (ALN) e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Acreditava - se que a enorme contradição das classes sociais existentes no Brasil levaria inevitavelmente ao socialismo. O que faltava era um grupo de intelectuais que estivessem à frente, na condução da sociedade objetivando o fim das desigualdades sociais.
Grande influência para a disseminação das idéias da esquerda foi o contexto internacional. As vitórias das revoluções cubana e argelina, a guerra travada pelo Vietnã contra os Estados Unidos e a revolução cultural chinesa impressionaram tremendamente a juventude politizada dos anos 601.
A vitória da revolução cubana também fez com que a teoria do foco guerrilheiro tivesse grande penetração na esquerda brasileira. Esta teoria consistia em estabelecer focos de guerrilha urbana e rural, desencadeados pelos chamados grupos de vanguarda. Esta corrente acreditava que os focos criados pelas chamadas vanguardas revolucionárias teriam condições de conquistar o apoio popular diante do suposto descontentamento com o regime militar implantado para manter a desigualdade social no país2.
Desse modo, podemos entender a luta armada como uma estratégia política fora dos padrões tolerados pelo contrato social vigente3.
A primeira reação armada ao golpe foi no sul com o ex – coronel do exército Jefferson Cardim. Grupos que estavam no exílio em Montevidéu somados ao chamado nacionalismo pequeno burguês, liderados pelo ex – governador gaúcho Leonel Brizola apoiaram a ação. Porém, a coluna guerrilheira participou de apenas três combates, sendo derrotada e seus integrantes condenados.
Mas foi a partir dessa ação que o grupo exilado em Montevidéu e os partidários do nacionalismo brizolista que surgiu o Movimento Nacional Revolucionário (MNR)4.
Desse modo, a reação armada no sul e o fortalecimento do movimento revolucionário chamaram a atenção do governo cubano no sentido de inseri-la na estratégia de revolução continental.
Após a desmobilização das ligas camponesas, as atenções cubanas voltam - se para Brizola e o MNR. O apoio acontecia na forma de treinamento guerrilheiro e em dinheiro5.
Assim, no estilo da guerrilha cubana, começou a formação de um foco guerrilheiro na serra de Caparaó. Situada na divisa da Bahia com o Espírito Santo, Caparaó reunia uma série de condições necessárias para o desenvolvimento da guerrilha rural. Já em 1966, 14 guerrilheiros chegaram à região, sendo que alguns haviam passado pelo treinamento guerrilheiro em Cuba.
A chegada dos guerrilheiros à Serra de Caparaó - outubro - coincidiu com a ida de Che para a Bolívia, em 19 de outubro de 1966 (entrou no país em 7 de novembro). O grupo de guerrilheiros preparados para implantar a guerrilha, que sublevaria o continente, partiu em grupos até dezembro. A escolha da Bolívia foi feita em março de 1964, por Guevara. Até dezembro de 1967 a luta armada irromperia em vários países da América Latina, inclusive no Brasil6.
Porém a aventura revolucionária, tanto a de Che na Bolívia quanto em Caparaó, durou apenas alguns meses. Logo aqueles homens embrenhados na mata chamaram a atenção da polícia e o receio da população local. Com isso, o fracasso de Caparaó decepcionou os cubanos e puseram fim às relações com Brizola7.
Já a partir de 1967, o governo cubano resolve apoiar o ex-integrante de PCB Carlos Marighela no projeto de revolução socialista no Brasil. Esse apoio foi concretizado na forma de treinamento guerrilheiro para os militantes das organizações de vanguarda armada8.
De acordo com fontes orais, os jovens de classe média tinham grande dificuldade de suportar os treinamentos físicos, enquanto que os ex-militares brasileiros tinham mais facilidade9.
De qualquer forma, o ato institucional n° 5 endureceu o regime e entre 1969 e 1972, ocorreram diversas ações de guerrilha urbana. Entre 1972 e 1975 foi identificado e destruído o foco guerrilheiro na região do Araguaia10.
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