quinta-feira, 15 de abril de 2010

A Ingleterra de Shakespeare

Shakespeare and His Contemporaries ("Shakespeare e seus Contemporâneos", 1851), do pintor escocês John Faed. 

William Shakespeare nasceu na Inglaterra em 1564. Aos 21 anos foi morar em Londres , onde formou seu grupo de teatro e passou a adaptar e representar peças antigas, escrevendo um grande número de farças, comédias, dramas históricos, as quais atraíam um anorme público. Tornou-se tão famoso e admirado que chegou a ser chamado a corte para representar para a rainha Elisabeth I. Por isso, é considerado o maior dramaturgo do renascimento na Inglaterra.
Podemos definir o renascimento como o aparecimento de uma cultura baseada na valorização de todas as capacidades do homem e no estudo co nhecimento da natureza, que surgiu em vários países da Europa, reformulando as artes as letras e as ciências.
O renascimento foi um período magnífico da cultura europeia. Aconteceu durante a idade média. O movimento originou uma poderosa mudança na arte e na literatura italiana dos séculos XV e XVI, irradiando-se depois para toda a Europa, promovendo em toda parte um forte reflorescimento da arquitetura, da escultura, da pintura, da literatura, da música, enfim, das artes e da ciência. Foi a origem de uma nova visão política.
Para alguns estudiosos do renascimento, a crença de que o século XV e XVI assistiram ao brilhante ressurgimento da cultura grego-romana, é considerada, hoje, exagerada; pois a idade média não desconhecera a cultura antiga, alias, preservada graças em parte aos castelos medievais. Assim, não houve uma quebra de continuidade entre um período e outro. Por isso, prefere-se datar o renascimento entre 1300 e 1600.
De modo geral, o renascimento é considerado como total oposição ao período medieval. Os historiadores tendem a ve-lo mais como um processo evolutivo do que um ruptura profunda.
Porém, o homem renascentista tinha características que o distinguiam de seus antecessores medievais: era profundamente individualista, racionalista, eclético. O homem se auto-valoriza, vendo sua existência como uma forma de não apenas louvar ao criador, mas tembém de louvar a si mesmo como criador.
Esse perfil, contudo não se aplica a toda população europeia da época. A cultura renascentista foi na verdade um fenômeno de elite, um movimento urbano, tendo se manifestado desigualmente entre várias regiões. O centro da Itália, parte mais urbanizada e rica da Europa, foi o polo dinâmico desse movimento cultural. Nas zonas rurais que cobriam a maior parte da Europa, predominava uma cultura tradicional popular e oral.
Tendo descoberto o mundo pela ciência e arte da época, os renascentistas também queriam domina-lo pela inteligência. Embora não dispondo ainda das ciências naturais e matemáticas, de Galileu e Descartes.
Na época de Shakespeare, o poder na Inglaterra concentrava-se nas mão da rainha Elisabeth I, que governou entre 1558 e 1603. Foi durante o seu reinado que o país passou a ter o domínio das rotas comerciais marítimas, ampliando seu império com conquistas territoriais na América, África e Ásia.
Na literatura, o movimento renascentista recebeu o nome de classicismo. Entre as várias características do classicismo estava a adoção de temas da mitologia grega e romana. Mitologia é a história dos deuses e heróis dessa  civilizações clássicas. Quase todos os deuses são comuns às duas mitilogias, embora tenham nomes difirentes.
Era comum, portanto, no classicismo do século XVI, aparecerem nas obras literárias da época, personagens gregos e deuses da mitologia. Agora você pode compreender melhor por que Shakespeare usou em sua obra essas figuras em, por exemplo, Sonho de uma noite de verão. A história passa-se em Atenas, há personagens gregos, figuras mitológicas gregas e romanas.

fonte: 
Ana Maria Machado. Sonho de uma noite de verão. 

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