quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Russia de Tchaikovsky e a música do século XX

 
A história da música do século XX é contada por tentativas e experiências que levaram a novas tendências técnicas e, em certosa casos, a criação de sons, contribuindo para que este seja um dos periodos mais empolgantes da história da música.
Enquanto a música nos períodos anteriores podia ser identificada por um único mesmo estilo, comum a todos os compositores da época, no século XX ela se torna uma mistura complexa de muitas tendências. Mas com um traço comum: a reação contra o estilo romântico do século XIX. Um dos principais representantes dessa tendência foi Tchaikovsky, talvez pelo fato de suas obras terem sido mais ocidentalizadas que a dos seus compatriotas consequência do contexto histórico em que escreveu as suas obras, uma sociedade onde até a revolução de 1917, o Império Russo era uma monarquia hereditária liderada por um imperador autocrático (czar) da dinastia Romanov. A religião oficial do Estado era o cristianismo ortodoxo, representado pela Igreja Ortodoxa Russa. Os sujeitos do Império foram separados em estratos (classes) conhecidas como "dvoryanstvo" (nobreza) , clero, comerciantes, cossacos e camponeses. Ainda os nativos da Sibéria e Ásia Central foram oficialmente registrados em uma classe chamada "inorodsty" (estrangeiros).
 
Tchaikovsky nasce e 1840 e em 1848 sua família fixa residência em São Petesburgo, até então capital do império, nesse contexto assistiu a ascenção de governos despótico onde destaca-se o czar Alexandre II ficou conhecido por suas reformas liberais e modernizantes, através das quais procurou renovar a cristalizada sociedade russa.
Podemos destacar também a decisão de em 19 de Fevereiro de 1861, de decretar o fim da servidão na Rússia. Foram libertados, ao todo, 22,5 milhões de camponeses servos - preservando-se, todavia, a propriedade dos latifúndios.
O assassinato de Alexandre II da Rússia, que tinha introduzido reformas sociais e tinha tentado aproximar a Rússia das nações ocidentais, com parlamentos e constituições, Alexandre III e seu filho Nicolau II levaram o Império Russo num sentido diferente, mais autocrático, como que tentando regressar ao despotismo, desprezando o aparelho burocrático que em sua opinião os separava do povo.   

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